Complicado!

Germano Medeiros

Ficha Técnica da Partida:

Escalação do Cruzeiro: Fábio; Ceará, Mateus, Rafael Donato, Marcelo Oliveira; Leandro Guerreiro, Charles, Willian Magrão, Montillo; Borges, Wellington Paulista.
Esquema: 4-4-2.
Técnico: Celso Roth.

Escalação do Flamengo: Paulo Victor; Léo Moura, González, Marllon, Ramon; Amaral, Luís Antônio, Renato, Ibson; Adryan, Vagner Love.
Esquema: 4-4-2.
Técnico: Joel Santana.

Gol(s): Borges, 44′ do 1º tempo (Cruzeiro).

Cartões amarelos: Marcelo Oliveira, Charles (Cruzeiro); Marllon, Amaral (Flamengo).

Arbitragem: Héber Roberto Lopes.
Auxiliares: Altemir Hausmann, Bruno Boschilia.

Placar final: Cruzeiro 1 x 0 Flamengo.

Após a falha contra o Corinthians na última quarta-feira, Bottinelli foi afastado por Joel Santana dos treinamentos durante a semana e, consequentemente, ficou de fora do jogo contra o Cruzeiro. A suposta gripe que a imprensa mencionou como motivo para o afastamento de Bottinelli não passa de ilusão.

No seu lugar, foi escalado Adryan, que vem fazendo boas partidas, mas não é a solução. O Flamengo precisa de algo mais no meio de campo, e é hora de abandonar a ideia de jogar com três ou quatro volantes. Esse esquema nunca foi, não é e nunca será a cara do Flamengo.

Aírton também foi “cortado” da partida, após acordar com febre no domingo. Em seu lugar, entrou Amaral, que, entre os reforços “emergenciais”, é o único que vem ganhando chances.

Quando a bola rolou no Independência, Flamengo e Cruzeiro surpreenderam com um início de jogo mais técnico do que o esperado. Contudo, Ramon e Montillo protagonizaram disputas acirradas, como se estivessem brigando por algo pessoal.

O Cruzeiro, com sua rapidez, pressionou a defesa do Flamengo, que contou com Paulo Victor para evitar o primeiro gol. Do outro lado, o Flamengo, embora desorganizado, tocava bem a bola e, nos contra-ataques, tentava ameaçar o gol cruzeirense.

Ramon e Léo Moura estavam bastante participativos, especialmente Ramon, que partia para o mano a mano com os defensores do Cruzeiro. Embora nenhum dos dois tenha brilhado, Ramon teve um desempenho superior ao de Léo Moura, que também fez uma partida razoável.

Enquanto o Flamengo criava, mas não conseguia concluir, o Cruzeiro encontrou o caminho para o gol. Com o meio de campo congestionado, o time mineiro explorou a lateral direita. Ceará avançou livre e cruzou rasteiro. Com a defesa do Flamengo desorganizada, Borges se antecipou a Marllon e, de peixinho, marcou aos 44 minutos do primeiro tempo. O gol, além de abrir o placar, pareceu servir como um alerta para Joel Santana, que já deve estar sentindo a pressão de sua situação no clube.

Na volta para o segundo tempo, não houve mudanças nas equipes, mas sim na postura. O Cruzeiro retornou ainda mais ligado, enquanto o Flamengo esboçou uma reação, mas apenas esboçou.

Ibson arriscou um chute de fora da área, forçando Fábio a espalmar uma bola fraca, que não tinha direção de gol. Adryan fez o mesmo, mas pecou na finalização.

Joel Santana, que raramente acerta nas substituições, repetiu o erro. Chamou Hernane e Camacho, que, em teoria, entrariam nos lugares de um atacante e de um meia, respectivamente, mas, na prática, foi só mais uma escolha equivocada.

Para irritar ainda mais a torcida, Joel tirou Adryan, que vinha bem, e colocou Hernane em seu lugar. Do outro lado, Renato, finalmente, foi substituído por Camacho.

O lance mais frustrante ainda estava por vir. Léo Moura avançou pela direita e rolou a bola mal para Love. A zaga cortou, e a bola voltou para Love, que chutou em cima de Fábio. No rebote, Hernane, com o braço, acertou o travessão. A bola sobrou novamente para Love, que desperdiçou outra chance. Hernane ainda tentou mais uma vez, mas chutou em cima da defesa. Sem palavras!

Esse lance resume a fase atual do Flamengo: tenta, mas não consegue; pressiona, mas não fura a defesa. A desorganização reina, tanto dentro de campo quanto fora dele, na diretoria e no elenco.

Joel, por enquanto, permanece no comando. O Flamengo enfrenta um dilema: demitir o treinador custaria R$ 2 milhões em multa rescisória, e a diretoria prefere manter Joel, rezando por uma reviravolta no desempenho do time.

A situação do Flamengo, o maior clube do Brasil, é complicada. E, infelizmente, é difícil ver uma solução, seja a curto ou a longo prazo. Complicado!

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