Fla e Flu firmam contrato com empresa que não emite nota fiscal e que terá sigilo fiscal quebrado pela ALERJ

Foi aprovado por unanimidade na Comissão Especial dos Esportes Olímpicos e de Alto Rendimento da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) na última sexta (17), a quebra de sigilo fiscal da Food Team, responsável pela venda de alimentos e bebidas no Maracanã. Convidada a comparecer na reunião, a empresa não compareceu e nem mandou representantes para esclarecer o motivo de não emitir notas e também como são prestadas as contas para fins de tributação.

O presidente do Fluminense Pedro Abad, revelou que junto com o Flamengo, fecharam com a empresa para continuar fornecendo bebidas e alimentos no estádio agora sob a gestão da dupla Fla-Flu.

A partir do momento que Flamengo e Fluminense puderam trabalhar, analisamos os contratos que estavam em vigor e começamos a tratar individualmente cada um deles fazendo não uma concorrência, mas uma chamada para diversos fornecedores para que apresentassem propostas e foram sendo escolhidos um a um que fossem mais adequados. No caso de alimentação quem ganhou foi a Food Team com condições completamente diversas que a gente tinha e foi a que ofereceu melhor valor daqueles que concorreram“.

Questionado pelo deputado Alexandre Knoploch (PSL) de que a Food Team é uma sonegadora fiscal por não emitir notas fiscais, Abad disse não conhecer nenhum fato comprovado de que a empresa seja sonegadora e que o controle da arrecadação fiscal não cabe ao particular, mas ao poder público.

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Um dos representantes do Flamengo na Comissão, o CEO do clube, Reinaldo Belotti diz que foi atrás da empresa para entender a questão do fisco e que não sabe o motivo da ausência da Food Team na reunião: “Segundo eles, eles tem o que chamam de regime especial. Pela explicação que me foi dada, eles entram com determinada quantidade de produtos no Maracanã registrado não sei exatamente como, saem com outra menor, também não sei com que tipo de registro e posteriormente eles pagam os impostos sobre aquilo que foi vendido. Segundo eles, se torna impossível exercer as atividades que eles exercem de venda concentrada em pouco tempo, principalmente no intervalo de jogo que é quando se dá a grande concentração de compras de uma maneira tradicional, emitindo notas. Daí eles terem esse tal regime especial. Perguntei o porque deles não virem aqui e ficou meio no ar e dizem que não querem dar publicidade a esse regime especial porque esse é um diferencial que eles tem aos seus concorrentes“.

Além do Maracanã, a Food Team tem contrato de prestação de serviços com a Arena Fonte Nova e Arena Pernambuco. A Comissão da ALERJ ficou de encaminhar para Fla e Flu o resultado da quebra do sigilo da empresa.

Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)

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