O Flamengo demitiu o diretor executivo do Centro de Treinamento George Helal, Marcelo Helman. O funcionário chegou ao clube em 2013 na primeira gestão de Eduardo Bandeira de Mello como Gerente Geral do Fla-Gávea.
Em 2016, Helman foi promovido a Diretor executivo do Ninho do Urubu após a finalização do primeiro módulo profissional. Era responsável também pela parte administrativa do clube e responsável por toda documentação do CT. Não à toa era conhecido como o “prefeito” do Ninho do Urubu.
No início deste ano com o incêndio no CT que culminou com a morte de dez atletas das categorias de base do Flamengo, o diretor teve seu trabalho exposto. Nas reuniões da força-tarefa criada pelo presidente Rodolfo Landim para tratar dos assuntos da tragédia, Marcelo demonstrava desconhecimento sobre os documentos e da rotina das instalações.
“Quem não estava entre os depoentes era o diretor de administração do CT, Marcelo Helmann. Ele acompanhou a vistoria das autoridades ontem, mas no dia da tragédia e nas reuniões do gabinete de crise, demonstrou falta de conhecimento sobre documentações e rotinas nas instalações. Ele ainda pode ser ouvido pela polícia. A nova diretoria questionou o profissional sobre uma série de assuntos, e não obteve resposta. Hellmann é funcionário do clube desde a gestão anterior. Normalmente, costuma ir ao CT não mais do que duas vezes por semana, em seu carro importado. No dia do incidente, foi um dos últimos a chegar no Ninho” noticiou O Globo em 12/02. Por esses motivos, a diretoria demorou a se manifestar, pois não tinha qualquer informação sobre a parte legal e das multas recebidas pela prefeitura.
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Em março, a atual direção descontente com a situação, o afastou de suas funções e o “transferiu” para se ocupar somente do CT como coordenador. Em seu lugar, o clube colocou Billy Pinheiro.
Marcelo Helman só não foi demitido antes porque a diretoria queria preservá-lo por causa da investigação da Polícia Civil. O inquérito foi divulgado no dia 11 de junho e o funcionário não está na lista dos indiciados, o que não impede que seja arrolado posteriormente no processo.
Cena de Velozes e Furiosos no dia da tragédia:
No dia 08 de fevereiro deste ano, dia da maior tragédia da história do Fla, o incêndio no Ninho, o executivo foi contactado logo pela manhã para comparecer ao CT. Ele só chegou após o meio-dia e com o seu carro importado cantando pneu. Uma situação curiosa para a comitiva que acompanhava o presidente do Flamengo.
Mesmo com a demissão de Helman, o clube mantém o seu sobrinho, Márcio Argento como chefe do almoxarifado da Gávea. Algo proibido pelo estatuto do clube.
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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)
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One thought on “Flamengo demite Marcelo Helman, o “prefeito” do Ninho do Urubu”
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