O voo dos amigos dos amigos. A farra do avião do Flamengo no Catar

Aliados e grupos políticos que acusavam adversários de se beneficiarem com voos fretados na gestão de Eduardo Bandeira de Mello (2013-2018), fazem o mesmo na gestão de Rodolfo Landim.

Em fevereiro do ano passado, postei um artigo mostrando a farra dos camarotes do Flamengo, no Maracanã, com os apoiadores e grupos políticos, aliados da gestão de Rodolfo Landim (A festa dos camarotes do Flamengo no Maracanã). Até aí, tudo bem, se esse mesmo pessoal não reclamasse da mesma coisa dos aliados de Eduardo Bandeira de Mello, os acusando de mamateiros. E não é que na final do Mundial de Clubes, em dezembro de 2019, aconteceu a mesma coisa?

Vale lembrar que em 2016, quando o Maracanã estava fechado e o Flamengo não tinha opções de jogar no Rio, o time jogou quase que o ano inteiro fora do seu estado de origem. O resultado foi que aliados e grupos políticos se beneficiavam dos voos fretados. A oposição chegou fazer pedido de abertura de inquérito para apurar como eles chamavam de “o voo da alegria” ou “Adas (amigos dos amigos) air“.

Assim como aconteceu em Lima, a administração do clube conseguiu fretar um avião saindo do Rio direto para Doha com preço bem em conta em nome do Flamengo para transportar os familiares dos jogadores e dirigentes. O número de familiares a caminho de Doha foi bem menor do que para Lima, então, sobrou bastante lugares para que funcionários, filhos de funcionários, amigos de vice-presidentes, aliados e grupos políticos (os mesmos que condenavam a prática dos adversários na gestão anterior), pudessem usufruir dessa oportunidade única e cômoda. Vou explicar.

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Não há voos diretos para o Catar saindo do Rio. A única cidade do Brasil que faz o trecho sem escalas é São Paulo. Tanto que a maioria dos torcedores que foram por sua conta e risco ver o Flamengo no Mundial, tiveram que fazer escala por diversos países da Europa antes do destino final em Doha.

A segunda comodidade foi a questão econômica. O valor da passagem na classe econômica de um voo comercial não sai por menos de R$ 9.500, sem incluir as taxas. E sabe quanto foi pago por passageiro nesse avião fretado pelo Flamengo? R$ 2,350. Menos da metade do cobrado pelas companhias aéreas. Imagina a correria para conseguir ser beneficiado. Dizem as más línguas que teve um botafoguense que foi de graça.

Vale lembrar que durante 2019, situações do tipo foram expostas na mídia. André Santolia, membro do Sinergia e chefe de gabinete do deputado Márcio Pacheco (PSC), líder do governo Wilson Witzel na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) foi convidado para ir ao Equador, quando o Fla enfrentou a LDU pela Libertadores, no voo fretado pelo clube.

Como dizem nos corredores da Gávea: “reclama dos benefícios quem não está sendo beneficiado”.

Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)

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