Se diante do Bahia a postura era de um time morto, sem vida, sem gás, contra o Atlético-MG, campeão da América, a conversa foi outra. Mano mais uma vez soube armar o time pra atacar, sufocar e deixar o adversário atônito.
E começou cedo. Logo aos 7 minutos, Richarlyson numa tentativa de cortar a bola pra trás e armar um contra-ataque, lança nos pés de Luiz Antônio; que vê Marcelo Moreno livre na direita, chutar cruzado e Nixon embaixo da trave empurrar para o gol. Foi bem cedo, mas melhor, só se fosse gol de Zico. Mas é certo que Zico, onde estivesse no momento do jogo, viu e aprovou.
Aprovou um Flamengo que sufocou o Atlético o tempo inteiro e não se deixou intimidar com o atual campeão da Libertadores. Sem deixar passar a informação de que Nixon entrou como titular hoje devido aos treinos durante a semana passada – barrando Carlos Eduardo e Adryan(que vinha bem).
Aos 14, mais um viria. Desta vez, Nixon, autor do primeiro gol tocou para Gabriel que viu Elias chegar na entrada da área. O meia, praticamente rolou para Elias chegar batendo no canto de Victor e fazer o segundo. O Flamengo jogava bem, seguro e não dava mostras de que fosse ‘baixar a guarda’ e ver o Atlético reagir.
O primeiro tempo podia ter encerrado-se em dois a zero, não fosse a infelicidade de Nixon perder um gol debaixo da trave(como no momento do primeiro gol).
Para o segundo tempo a ideia foi a mesma. O Flamengo precisava se segurar, não abdicando do ataque e da marcação pressão que vinha fazendo até o momento, para garantir a vitória – e se pudesse, de forma elástica. Já ao Atlético não restava outra saída: ir pra cima e vamos ver no que vai dar. Pra infelicidade deles, deu Flamengo!
As laterais do Atlético foram uma mãe para os ataques do Flamengo. Cujos jogadores nem precisaram inventar para se sobressair e ampliar o placar. Alecsandro por duas vezes – uma, Felipe fez milagre e na outra a bola explodiu no peito de González – e Tardelli em boa parte do jogo, fizeram o que puderam. Victor? Não era o dia dele. O Atlético sem Bernard, Ronaldinho e Jô, sofreu e viu o que talvez não tenha visto durante toda a campanha na Libertadores: um time jogar melhor que ele e ainda dar Olé no final do jogo(coisa que foi prontamente reprovada por Mano).
Absolutamente não era o dia de Victor. Tanto que em mais um contra-ataque com a zaga totalmente escancarada, Rafinha(que entrou na vaga de Moreno machucado) esperou o momento certo e lançou Paulinho(que entrou na vaga de Gabriel), que driblou Victor e tocou de canhota para a rede. Três a zero e alívio momentâneo para Mano, que teve a torcida bem presente na sua nuca durante todo o jogo.
Não só serve para o Brasil, como para o mundo. Países que ainda não adotaram o chamado Futebol Moderno, precisam adaptar-se o quanto antes. O que o Flamengo praticou hoje foi isso. O futebol de 50 anos atrás sim, era o futebol dos bobos, que tinham medo de Pelé, Garrincha e tantos outros gênios. Esse é o futebol praticado hoje: marcação pressão, não importando o esquema tático, correria a todo momento, jogadas trabalhadas, infiltrações e organização tática.
O time do Flamengo não é ruim, hoje foi provado. Apenas precisa desta injeção de ânimo e de um treinador que parece ter encontrado. Que passa confiança ao grupo e faz o grupo pensar: “Vamos correr por ele porque vale apena.”
Mano não é de dar bronca, de assanhar o cabelo, nem de perder a compostura, mas bem que podia. Porém uma qualidade que gosto em treinadores ele tem: a inteligência do futebol.
O nosso próximo compromisso será na quarta, às 21h, diante da Portuguesa, pela 12ª rodada. Contra os paulistas não imagino o resultado que virá, mas se jogar como hoje, a chance da vitória é alta. Porque sufocou e venceu!
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