Um horizonte que não se vê.

Tulio Rodrigues

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Em uma visão particular, vejo no Jayme a figura do Andrade. E exatamente em 2010, ano subseqüente à conquista de um torneio nacional – aquele ano, o próprio Campeonato Brasileiro.  Jayme, assim como Andrade, pegou um time desgastado e totalmente desacreditado sob o comando de Mano Menezes, e fez o time jogar… por ele. Arrumou o time, encaixou as peças como num quebra-cabeças e disse: “Vai, Flamengo. Te arrumei pra vencer!” E venceu. Foi campeão! Nacional, pela Copa do Brasil em 2013. E estadual já este ano.

Jayme viu 2014 chegar mas não permitiu que ele entrasse à sua porta. A conquista estadual citada acima, serviu, mais uma vez e infelizmente para apagar uma recente eliminação do time na Libertadores da América. Que, querendo ou não, mesmo a diretoria passando a imagem de que sentiu o baque mas iludindo o torcedor de que o estadual também é importante e diminui a dor do vexame derradeiro, não diminui. A Libertadores é sim uma obsessão na Gávea. Na Gávea, no Ninho, no Rio, no Brasil e no coração de cada rubro-negro que sabe o que sentiu na noite do 3 a 2 para o León no Maraca.

E hoje, uma semana depois da conquista vazia do 33º título estadual da história do Flamengo – outrora significativo -, o Flamengo viaja a Brasília para o início de mais uma tentativa de boa campanha no campeonato nacional mais importante do país. O mando era do Flamengo pelo fator ‘caixa’(dinheiro nos cofres), embora fosse longe do RJ. Porém mais uma vez viu-se um Flamengo pragmático e temeroso de suas condições de conseguir um bom resultado.

O time do Goiás é menos forte que o time do ano passado, que o Flamengo derrotou nas semifinais da Copa do Brasil. Perdeu peças importantes e recentemente o estadual ante o Atlético-GO. Sem contar a queda na Copa do Brasil para o Botafogo-PB. E como citado, além do elenco enfraquecido, o ânimo do Goiás para este jogo também não era dos melhores, por mais que precisasse.

Mesmo sem conseguir ter a bola para si, foi quem no início do jogo dominou as ações. O Flamengo com um time superior ficou preso em seu campo e tinha todas as suas tentativas encerradas na marcação do Goiás. Até que o lado direito começou a ser desbravado, e usado até o fim da partida, em ambos os ‘campos’.

Como é de praxe o Flamengo adiantava a marcação pra tentar surpreender e sufocar o Goiás, mas quando tinha a bola não dava sequência em suas jogadas, parando em seu próprio medo de vencer. Tocava, tocava e tocava. E nada além fazia.

Assim o Flamengo seguiu por todo o jogo e tendo seu ritmo mais lento ainda no segundo tempo. Mesmo tendo chances claras com Alecsandro, Mugni e Chicão. A bola não entrava. E por muito pouco não entrou para o Goiás em lance isolado no segundo tempo.

Jayme, que durante parte do segundo tempo ouviu sonoros pedidos por Negueba, preferiu lançar Matteus e Gabriel, nas vagas de Amaral(pendurado) e Mugni(apagado). Gabriel manteve seu estilo velocista e aguerrido, tentando suas jogadas em velocidade como sempre faz. Matteus, como sempre, nada fez.

Brasília, Jayme e toda a torcida sabe o que viu. Viu e não gostou do Flamengo com medo e sem tesão pela vitória, que era totalmente possível. Mas que quase virou uma derrota. Próxima rodada será contra o Corinthians, em São Paulo. Hoje o Flamengo tropeçou empatando. Não foi derrotado mas vai com a moral baixa para São Paulo tentar chegar aos 4 pontos.

E, nesses momentos, a única saída é olhar para cima e tentar ver um horizonte que não se vê olhando a sua frente, não é, Wallace?!

Desafio pós-rodada: No returno do Campeonato Brasileiro de 2007, o Flamengo venceu o Goiás por 3 a 1 no Maracanã, sob o comando de Ney Franco. Verdadeiro ou falso?
(Respondam nos comentários.)

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