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A celebração rubro-negra que tomou Manaus, o interior do Brasil e chegou até Porto após o título do Flamengo

A celebração rubro-negra que tomou Manaus, o interior do Brasil e chegou até Porto após o título do Flamengo

Veja os pontos que ajudam a entender a mobilização da torcida do Flamengo no dia do título do tetracampeonato da Libertadores. Foram celebrações que nasceram espontaneamente em Manaus no sábado à noite, se espalharam por Petrolina, Búzios, Cataguases, Ubá, Itumbiara, Parnaíba, Maringá, Queimados, Abaiara e Vista Alegre, alcançaram até Porto, Portugal, e se multiplicaram pelos rincões do país com a mesma naturalidade com que um gol altera a respiração de um estádio inteiro. O motivo é simples: há times que conquistam títulos; há torcidas que comemoram. Mas o que se viu nesse dia foi algo maior, quase um movimento social rubro-negro atravessando fronteiras e preenchendo avenida atrás de avenida.


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A primeira imagem que ganhou força veio da Arena da Amazônia. Manaus iluminou o entorno do estádio com milhares de torcedores reunidos diante de um telão improvisado. Um mar vermelho que cantava como se estivesse dentro do Maracanã. Edna Souza, moradora da cidade, comentou que “o evento foi ao lado da Arena”, confirmando o que os vídeos já mostravam: não era um encontro pequeno ou uma concentração tímida. Era uma celebração massiva, de energia contagiante. De lá, a rota seguiu para o sertão pernambucano. Petrolina reuniu famílias inteiras em praças e ruas, unidas pela sensação comum de pertencimento. No interior de Minas, Cataguases e Ubá viraram capítulos de um mesmo livro: ruas paradas, bandeiras erguidas e um fluxo de gente que parecia não ter fim. Cada vídeo trazia traços distintos, mas repetia o mesmo sentimento.

Quando os registros chegaram de Itumbiara, em Goiás, a festa ganhou trilha de trio elétrico. A carreata atravessou trechos da cidade como se o campeonato tivesse sido decidido ali mesmo. A cena se repetiu no Pará, em Concórdia, e continuou se alargando no mapa. No litoral fluminense, Búzios viveu sua própria noite de arquibancada a céu aberto. Em Palmeiras dos Índios, no interior de Alagoas, a comemoração assumiu um tom coletivo com cantos que ecoavam pelas ruas estreitas. Na Bahia, Santa Maria da Vitória reuniu torcedores diante de um palco que serviu mais para celebração do que para espetáculo.

O ponto mais simbólico, porém, surgiu em Porto, no norte de Portugal. A Embaixada Rubro-Negra montou uma quadra para receber torcedores e expatriados que buscavam compartilhar o momento longe do país. Um mosaico de bandeiras e camisas demonstrava que a distância não diminui o vínculo com as cores do clube. O que se viu ali reforçou a noção de que a festa não estava limitada a fronteiras geográficas; era uma ligação emocional de longa duração que atravessava oceanos.

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As manifestações não ficaram restritas ao exterior. Em Cabo Frio, queimaram fogos e montaram palco. Em Maringá, no Paraná, multidões acompanharam o jogo em telões espalhados pela cidade. Em Abaiara, no Ceará, a carreata tomou as ruas como se um bloco carnavalesco tivesse saído antes da hora. E Vista Alegre, no Rio de Janeiro, fechou a sequência de registros com uma das imagens mais impressionantes. O bairro transformou sua via principal em um corredor rubro-negro onde bandeiras compunham um cenário que lembrava a importância da final continental. O tráfego parou, câmeras subiram, drones registraram, e a festa ganhou dimensão quase cinematográfica.

O que explica essa mobilização tão larga? Não houve convocação oficial. A forma como os vídeos surgiram, espontaneamente, de torcedores anônimos que registravam fragmentos do que viviam, mostra uma comunhão que antecede qualquer campanha. É um fenômeno construído ao longo de décadas, resultado da popularidade do clube, da expansão de sua base de torcedores e de uma presença nacional que remonta ao rádio, à televisão e às viagens de ídolos que marcaram gerações. Há quem compare com invasões pontuais de outras torcidas, mas o que se vê agora é algo mais profundo. Não é um deslocamento organizado para um jogo; é uma manifestação simultânea em diferentes pontos do Brasil e fora dele.

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Essas comemorações também expõem a relação emocional que a Nação mantém com seus triunfos. A festa se prolonga por dias, mais por orgulho do que pelo resultado em si. A conquista da Libertadores reverberou em cidades do Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste, Sul e até na Europa. A distribuição geográfica reafirma que a torcida está longe de ser concentrada em metrópoles. Ela se espalha por regiões pequenas, cidades médias e capitais, sempre com a mesma intensidade.

Nos próximos dias, outros vídeos devem surgir. Ainda há registros de Tuiutaba, mais trechos do Maranhão e novos recortes de Manaus que serão publicados. Mas o essencial já foi registrado: a vitória não ficou apenas na história oficial do clube. Ela se materializou em ruas, avenidas, praças, bares e quadras. Um campeonato se ganha no campo; a memória coletiva se constrói nas ruas.

A impressionante festa da torcida do Flamengo em Aracaju, Manaus, Lisboa e nos rincões do Brasil

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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)

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