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A fala do “asterisco”: PVC relativiza, e Rodrigo Mattos recoloca fatos sobre Abel Ferreira e arbitragem

A fala do “asterisco”: PVC relativiza, e Rodrigo Mattos recoloca fatos sobre Abel Ferreira e arbitragem

Uma nova crise de narrativa tomou conta do futebol brasileiro após a última rodada do Brasileirão. Abel Ferreira, claramente desconfortável com os vices nos últimos dias, disse que os títulos do Flamengo tem um “asterisco”. A declaração ecoou rápido, trouxe de volta o debate sobre arbitragem e abriu espaço para leituras que iam além da análise técnica. O treinador, experiente na relação com a mídia, sabe exatamente o peso que uma frase assim carrega, sobretudo quando revestida de frustração e de um discurso emocionalmente calculado.


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Abel falou em cicatrizes abertas, em um time que teria perdido para si mesmo e em marcas que ficariam doídas no elenco e voltou a falar que o Flamengo teria sido beneficiado de maneira determinante, algo que os fatos não sustentam.

No mesmo dia, o assunto dominou o programa do UOL. A apresentadora trouxe o trecho da entrevista e lançou a bola para PVC, que escolheu suavizar os termos. Preferiu concentrar a análise no desempenho do Palmeiras e praticamente afastou o pano de fundo que incendiava as redes: a insinuação de irregularidade. Segundo ele, Abel estava apenas desabafando sobre a queda de rendimento. A leitura não convenceu nem os colegas de bancada, nem o público que acompanhava ao vivo.

Foi então que Rodrigo Mattos trouxe o debate para o terreno mais sólido. Lembrou que o Palmeiras desperdiçou pontos fundamentais em casa contra Vitória e Fluminense, que abriu mão do jogo contra o Grêmio ao escalar reservas e que, mesmo diante do lance envolvendo Pulgar na final da Libertadores, nada justificava sugerir que o título do Flamengo estivesse sob suspeita. O comentarista destacou um ponto crucial: apontar erro é uma coisa; insinuar favorecimento sistemático é outra completamente diferente. E quem levanta uma acusação dessa natureza tem a obrigação de apresentar argumentos consistentes, algo que Abel não fez.

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A discussão reacendeu também um ponto que tem acompanhado o futebol brasileiro há anos: a recorrente tentativa de transformar derrotas em episódios externos. Quase sempre após um vice, surgem suspeitas vagas, insinuações e teorias sobre favorecimentos. Mattos foi direto ao afastar essa chave interpretativa. O Palmeiras caiu de rendimento por razões internas, perdeu jogos controláveis e permitiu que o Flamengo abrisse vantagem na reta final. Nenhuma dessas questões depende da arbitragem.

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O episódio expõe um fenômeno conhecido. Parte da mídia, por respeito à figura do treinador ou por receio de desgaste, evita enfrentar declarações problemáticas com o rigor necessário. Outra parte, menor, mas fundamental, cumpre a função de análise crítica, colocando fatos e números acima do calor da disputa. Nesta rodada, quem recolocou a conversa no lugar foi Rodrigo Mattos. E, com isso, deixou claro que o futebol brasileiro só avança quando o debate abandona a espuma da narrativa e volta para o campo firme da realidade.

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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)

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