O evento, ocorrido no último dia 21 na loja oficial do clube, reuniu torcedores, profissionais envolvidos no projeto e o músico Arlindinho, convidado a dar voz à campanha com a canção “Nossa Herança”. A data marcou mais do que o lançamento de um uniforme: consolidou a busca do Flamengo em valorizar sua ancestralidade negra por meio de um conceito que uniu história, estética e afeto.
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A apresentação ocupou a loja com imagens, sons e peças que contam outra dimensão do clube. Além da camisa oficial, a coleção traz modelos casuais, bonés e roupas femininas. Toda a direção visual se apoia na simbologia do sankofa, referência africana que expressa a importância de olhar para o passado para seguir adiante. O resultado não se limita ao design; a campanha recupera trajetórias, enaltece personagens e insere o torcedor no enredo.
Bastidores de criação
A construção do conceito envolveu patrimônio histórico, marketing, licenciamento e a equipe da Braziline, que vem ampliando sua presença com produtos mais elaborados a cada temporada. As fotografias captadas por Paula Reis, fotógrafa oficial do clube, revelam o clima da produção: cenários montados, direcionamento de luz, detalhes das peças e a presença emocionada de Arlindinho diante de elementos que dialogam diretamente com a história de seu pai, Arlindo Cruz.
Ao entrar na campanha, o músico não apenas interpretou a trilha sonora, mas também representou continuidade, raiz e afeto. A música, pensada especificamente para a linha, acrescentou à ação algo incomum para lançamentos de uniforme: uma trilha que carrega o peso da ancestralidade rubro-negra com leveza e orgulho.
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As peças e o conceito ampliado
A coleção inclui quatro camisas: uma com identidade de jogo, outras três casuais, em tons preto, marrom e cru, além de croppeds e acessórios. Os bonés chamaram atenção pela combinação entre textura e gravação, reforçando a estética da linha. A Braziline apresentou ainda uma variação de peças que dialogam com a identidade “Diamantes Negros”, ampliando o universo visual da campanha.
O vídeo oficial exibido no evento cita nomes que atravessam gerações: Leônidas da Silva, Zizinho, Érica, Adílio, Adriano, Vini Jr, Isaquias e Rebeca. A narrativa segue a mesma linha do manto: celebrar talentos negros que moldaram a grandeza do Flamengo dentro e fora do futebol.
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Repercussão e significado
A recepção entre torcedores foi imediata, em grande parte pelo impacto visual e pelo cuidado estético. Quem acompanhou o lançamento na Gávea percebeu o empenho em transformar o espaço em ambiente imersivo, com imagens projetadas, trechos da música ecoando e peças dispostas como objetos de memória contemporânea.
O Flamengo vem buscando, nos últimos anos, tornar seus lançamentos mais simbólicos. A linha do ano anterior, “Identidade”, com Jorge Aragão, já tinha elevado o padrão das ações. “Diamantes Negros” aprofunda essa linha, agora com uma trilha original e uma campanha construída com mais camadas conceituais.
Nos bastidores, o comentário recorrente era um só: a união entre história, estética e emoção faz dessa coleção uma das mais marcantes produzidas pelo clube. A expectativa agora é que o retorno comercial acompanhe a força simbólica do projeto, garantindo a continuidade de campanhas com esse cuidado.
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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)
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