Influenciadores de Santos e Palmeiras se calam diante do mau jornalismo de Lavieri e PVC

Influenciadores de Santos e Palmeiras se calam diante do mau jornalismo de Lavieri e PVC

Jornalistas como Danilo Lavieri e PVC, algumas das figuras centrais na cobertura sobre o caso Libra foram acusados de distorcer informações e agir com parcialidade em matérias e comentários sobre o Flamengo, gerando reações críticas e abrindo um debate sobre o estado atual do jornalismo esportivo no Brasil. A controvérsia nasceu de publicações incompletas e insinuações sem base que, segundo críticos, alimentaram narrativas contra o clube. O caso expôs o desequilíbrio de tratamento da mídia paulista e a incoerência de quem se proclama guardião da ética jornalística, mas silencia diante dos próprios.


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A cobertura do caso Flamengo e Libra revelou algo mais profundo: o abismo de coerência que separa parte da imprensa esportiva brasileira do que ela diz representar. Jornalistas como Danilo Lavieri e PVC foram acusados de publicar informações truncadas e lançar insinuações sem fundamento sobre o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o que acendeu discussões sobre ética, responsabilidade e, sobretudo, a falsa ideia de imparcialidade.

A polêmica começou quando Lavieri divulgou um documento incompleto relacionado ao processo envolvendo o Flamengo, omitindo justamente o trecho que mudava o sentido do conteúdo. Em seguida, PVC insinuou, em debate público, que poderia haver um suposto conluio entre o TJRJ e o clube. Nenhum dos dois apresentou provas. A partir daí, abriu-se a fenda: o problema não estava apenas no erro, mas na condescendência com que o episódio foi tratado por colegas de profissão.

Enquanto isso, programas e influenciadores ligados a Santos e Palmeiras preferiram a omissão. Num dos canais que se propõem a “fiscalizar o jornalismo”, os apresentadores passaram 40 minutos discutindo uma coluna de Juca Kfouri sobre bairrismo e clubismo, lançando indiretas a Mauro Cezar Pereira e exaltando a própria isenção. Mas, quando questionados sobre Lavieri e PVC, o discurso evaporou. “Não sou assessor deles”, responderam. A defesa do “bom jornalismo” desapareceu junto da conveniência.

Esse silêncio expõe uma das maiores feridas da mídia esportiva brasileira: a seletividade moral. É comum ver comentaristas de São Paulo exigindo equilíbrio dos outros enquanto praticam o oposto, disfarçados de neutros. A crítica ao “clubismo” do adversário serve apenas como blindagem do próprio. O resultado é um ambiente em que o Flamengo, por sua dimensão e por não ser parte do eixo paulista de poder midiático, é tratado como vilão mesmo quando o fato pede outra leitura.

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Historicamente, o Fla sempre foi um termômetro da imprensa. Desde os anos 1980, quando Zico polarizava o noticiário, o clube carioca se tornou o espelho onde o jornalismo revela seus preconceitos e preferências. A cada polêmica, repete-se o mesmo roteiro: acusações vagas, julgamentos morais, recortes fora de contexto e, depois, o silêncio. O caso atual não foge à regra. Assim como na cobertura da Libra, as divergências de valores e as discussões judiciais envolvendo o consórcio recebem um tratamento técnico quando interessam a certos grupos, mas se tornam motivo de escárnio quando é o Flamengo que contesta.

O ponto mais grave é o efeito cumulativo. Quando um jornalista distorce uma informação, ele não erra apenas contra o clube; erra contra o público. E quando outros profissionais, diante da evidência, se calam ou relativizam, transformam o erro em método. Esse mecanismo produz uma erosão lenta da credibilidade, algo visível na relação cada vez mais tensa entre torcedores e veículos tradicionais.

Em um momento em que a imprensa esportiva tenta se reinventar no digital, a insistência nesse jogo de conveniências soa anacrônica. Não se trata de pedir neutralidade, ela não existe, mas de exigir honestidade intelectual. Reconhecer quando se erra é parte da profissão. Fingir que não viu, ou tratar com condescendência quem ultrapassa o limite ético, é o oposto do jornalismo.

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O debate sobre o comportamento da mídia continua. O placar, neste caso, é simbólico: a imprensa que se recusa a revisar seus próprios métodos segue perdendo para a desconfiança do público. E, no fim, o que deveria ser jornalismo vira torcida disfarçada de análise, com microfone, credencial e nenhuma autocrítica.

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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)

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Tulio Rodrigues

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