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Lamentável! Jornalista chama Bap de “escroto” ao comentar proposta do Flamengo sobre gramados sintético

Lamentável! Jornalista chama Bap de “escroto” ao comentar proposta do Flamengo sobre gramados sintético

Quem acompanhou o debate sobre gramados sintéticos no futebol brasileiro, nos últimos dias, viu o tema sair rapidamente do campo técnico para escorregar no terreno pessoal. O episódio envolve o jornalista João Vítor Xavier, o presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, e a discussão sobre a proposta rubro-negra apresentada à CBF. O que deveria ser um embate de ideias, dados e critérios virou ataque direto, com direito a adjetivação ofensiva em transmissão ao vivo.


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O comentário ocorreu durante programa esportivo, quando, ao ser questionado sobre o uso de gramados sintéticos e o debate que se avizinha na CBF, o jornalista afirmou que o Flamengo teria uma postura arrogante ao tratar o tema. Em determinado momento, ao se referir diretamente a Bap, utilizou o termo “escroto” e “intragável”, deslocando completamente o eixo da discussão.

A discussão não surgiu do nada. Nas últimas semanas, o Flamengo vem defendendo publicamente o fair play financeiro e a padronização dos gramados do futebol brasileiro. O clube apresentou um estudo técnico, com base científica, abordando impactos no desempenho, na qualidade do jogo e no risco de lesões, além de referências a padrões adotados por ligas europeias certificadas pela FIFA e pela UEFA. A proposta foi encaminhada à CBF como sugestão a pedido da entidade.

Historicamente, o uso de gramados sintéticos sempre foi permitido no Brasil. Palmeiras, Athletico Paranaense e outros clubes optaram por esse modelo dentro das regras. O Flamengo, em nenhum momento, questionou a legalidade da escolha. O ponto central sempre foi outro: se o Campeonato Brasileiro deve caminhar para uma padronização mínima que preserve o espetáculo, a integridade física dos atletas e a qualidade técnica das partidas. Essa nuance, porém, foi ignorada no comentário que ganhou destaque.

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Ao personalizar o debate, o jornalista deixou de abordar o conteúdo do estudo apresentado. Não houve menção aos dados, às comparações internacionais ou às sugestões concretas feitas pelo clube. Em vez disso, a crítica se concentrou na figura do dirigente, descrito como alguém “difícil de conviver” e “arrogante”, culminando na ofensa direta. É uma inversão preocupante: critica-se a forma sem analisar o mérito, e ataca-se a pessoa quando faltam argumentos sobre a proposta.

O episódio também se conecta a um contexto mais amplo. Desde o impasse envolvendo a Libra, o Flamengo passou a ser tratado, por parte da imprensa, como um agente desestabilizador do futebol brasileiro. No entanto, nos dois casos, o clube recorreu a instrumentos formais. Na Libra, acionou a Justiça alegando descumprimento de estatuto e regras internas. No debate dos gramados, apresentou um estudo técnico à CBF, instância responsável por decidir o tema. Em ambos, agiu dentro das normas.

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Chama atenção o contraste. Quando clubes defendem seus interesses econômicos, estruturais ou políticos, o gesto costuma ser tratado como “legítimo”. Quando o Flamengo faz o mesmo, o discurso rapidamente ganha contornos morais, quase sempre acompanhados de rótulos. A fala ofensiva ao presidente rubro-negro escancarou essa assimetria e levantou uma questão que vai além do gramado: até que ponto o jornalismo esportivo consegue separar crítica institucional de ataque pessoal?

O debate sobre gramados sintéticos vai seguir, com ou sem polêmica. A CBF analisará estudos, ouvirá clubes, atletas e especialistas antes de qualquer decisão. O que fica como alerta é o empobrecimento da discussão quando ela abandona fatos e dados para se apoiar em adjetivos. Quando isso acontece, perde o futebol, perde o público e perde o próprio jornalismo.

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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)

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