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MÉTODO: dirigente do Palmeiras reclama do STJD, calendário, e PVC, mais uma vez, defende: “Elegante”

MÉTODO: dirigente do Palmeiras reclama do STJD, calendário, e PVC, mais uma vez, defende: “Elegante”

Na dia em que o Flamengo consolidou uma vitória parcial importante na justiça contra a Libra, um novo capítulo da tensão entre clubes, imprensa e tribunais esportivos ganhou força. A polêmica começou com o caso do atacante Vitor Roque, acusado de homofobia, e se expandiu para falas da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, e do diretor Anderson Barros ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Em meio ao debate, o comentarista Paulo Vinícius Coelho, o PVC, acabou virando personagem de um embate que expôs a disparidade de tratamento entre Flamengo e Palmeiras.


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O episódio surgiu quando o Palmeiras passou a pressionar o STJD pelo julgamento do Bruno Henrique e após o tribunal marcar a audiência do jogador Vitor Roque. Em transmissões recentes, torcedores e comentaristas palmeirenses chegaram a relativizar o caso de homofobia. A reação foi imediata: críticos apontaram a incoerência de quem, em outras situações, cobrava rigidez da Justiça Desportiva.

Enquanto o tribunal ainda avalia o caso, a presidente Leila Pereira voltou a se manifestar, pedindo que o “campeonato seja decidido nas quatro linhas”. O discurso, repetido por Anderson Barros durante o lançamento do Campeonato Paulista, insinuava uma suposta vantagem do Flamengo junto ao STJD e à CBF. “Precisamos ter cuidado para que as decisões ocorram dentro das quatro linhas”, disse Barros, em tom de alerta, que ainda criticou o calendário atual.

O problema é que o mesmo Palmeiras havia apoiado, meses antes, a inversão do calendário promovida pela CBF, que empurrou o fim do Brasileirão para dezembro e alterou datas de jogos durante a Data Fifa. À época, o clube divulgou nota defendendo a medida, e agora, ao perceber que jogará com até nove desfalques contra o Santos, passou a criticar a decisão. O Flamengo, em contrapartida, foi um dos poucos que se posicionou contra a mudança, em nota.

O comentarista PVC, conhecido por seus posicionamentos firmes, elogiou a fala de Barros, destacando sua “elegância” e “equilíbrio”. O tom gerou indignação nas redes sociais, que resgataram críticas anteriores do mesmo jornalista ao dirigente flamenguista José Boto, denunciado ao STJD. Quando o português alertou que certas decisões poderiam colocar o campeonato “sob suspeita”, PVC o acusou de “acirrar a rivalidade” e “não contribuir para o futebol”.

Para PVC, quando o dirigente do Flamengo fala, é arrogância, ironia. Quando o do Palmeiras fala, é elegância. A diferença de tratamento virou tema central nas análises do dia seguinte, reacendendo a discussão sobre a influência da imprensa e o peso simbólico do Fla nas decisões do futebol nacional.

Na prática, a vitória do Flamengo não se limitou aos gramados. Nos bastidores, o clube conseguiu manter firme sua posição de independência nas discussões com a Libra e com a CBF, enfrentando pressões políticas e jurídicas sem recuar. O contraste com o discurso palmeirense, ora cobrando isonomia, ora usufruindo de privilégios, reforçou a percepção de que o debate sobre ética e moralidade no futebol ainda é seletivo.

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O caso expõe um padrão já conhecido: dirigentes e comentaristas que pedem “respeito às quatro linhas” são os mesmos que, em momentos de conveniência, tentam influenciar decisões fora delas. E, nesse jogo de narrativas, o Flamengo segue sendo o clube que mais incomoda, tanto pela força dentro de campo quanto pela resistência em aceitar o jogo político nos bastidores.

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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)

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