É que o país deixou de ser a pátria do futebol já faz tanto tempo, que se um dia eu nisso acreditei, certamente fui conduzida pelo lirismo das tardes de domingo de bola rolando, onde os multiversos pareciam respirar a mesma atmosfera. Ah, mas a idade traz um pragmatismo tão gris! E eu me dei conta que já não bastassem os direitos básicos, tais como saúde, educação, moradia e segurança, o famigerado sistema detonou o futebol. Justo ele, o ópio do povo, bálsamo para aliviar as chagas resultantes das demais sangrias.
As decisões tomadas por instituições ilibadas são menos questionáveis, embora ainda abertas a discussão. Mas o que me dizem de aceitar sem maiores ruídos determinações esdrúxulas emitidas de maneiras não menos esdrúxulas, que minam as receitas dos clubes, a esportividade pura e simples, e denigrem todo e qualquer movimento para o progresso do futebol?
É, a Confederação Brasileira de Futebol (aquela corrupta por excelência, que exala podridão de seus corredores, com o presidente anterior preso, e o atual quase lá) faz birra, para o contentamento de sua filha mais feia e revestida de relevante turpitude FERJ (aquela que veta os descontos a sócios nos estaduais e cospe na democracia ), sobre a Primeira Liga. E o que, em tese, traria a primeira liga? Avanço, receita, público. Tudo aquilo que as supracitadas instituições vem se esforçando arduamente para não acontecer. Por essas e outras que afirmamos: o 7×1 foi construído em muito mais do que 90 minutos.
São tantos os absurdos presentes nos argumentos da FERJ para defender punições para Flamengo e Fluminense, que as matérias sobre o caso tem sua legibilidade prejudicada, simplesmente por serem factuais. Reflitamos: que tipo de federação, caso gerida com o mínimo de senso, sugeriria fazer um time jogar e não receber as verbas televisivas e/ou ousaria atacar o desenvolvimento da base, indo de encontro a formação de atletas?
A Primeira Liga é constitucional, respeita a Lei Pelé, e não vai de encontro a nenhum bom princípio. Só poderia ferir interesses escusos, tais quais as atitudes de quem se pronuncia contra ela.
Digamos não a tudo isso! Todas as inúmeras ameaças proferidas não podem ser maiores que a nossa consciência crítica. Nós, clubes e seus torcedores, fazemos as engrenagens girarem e assim sendo temos o poder de acabar com esse circo infeliz. Clara e límpida como a água é a motivação asquerosa por trás da postura de FERJ e CBF.
O repúdio a essa tentativa torpe de limar algo que é incontestavelmente positivo chegou a massa. Vamos mostrar que a força é conosco.
Dia 29/01, às 11:00 horas. Eis aí data e horário para um pacífico protesto em frente a FERJ, que fica na Avenida Prof. Manoel De Abreu, 76 – Maracanã, Rio De Janeiro – Rj (nova Sede). Mostre o seu repúdio. Defenda o nosso futebol. Compareça.
SRN,
Bruna Uchôa
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