A conta não bate.

Tulio Rodrigues

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Falar sobre a escassez de público nos estádios, neste Campeonato Brasileiro, tem sido um assunto chato e repetitivo ao extremo. Mas, hoje foi apenas mais um capítulo nessa longa novela do futebol brasileiro que parece não ter fim. Santos x Flamengo teve mais um público diminuto, o que não condiz com a história de ambas as equipes.

No campo, de última hora a notícia de que Cícero não jogaria pelo Santos, e com isso o time entrava desfalcado de sua principal peça organizadora. No Flamengo, Paulo Victor assumiu a vaga de Felipe, devido ao acontecido sobre o horário do treino e sua ausência no clube – sem contar suas péssimas atuações nos último jogos. André Santos barrado também não jogou. O que obrigou Ney Franco a começar o jogo com Paulo Victor; Léo Moura, Chicão, Wallace e Samir; Amaral, Márcio Araújo, Luiz Antônio e Everton; Negueba e Paulinho. Um misto de 4-4-2 com 3-5-2 pra tentar confundir o Santos. Em que Samir ora fazia a função natural de zagueiro, ora a de lateral esquerdo – tendo surpreendido na última.

O Santos entrou e permaneceu com a postura defensiva, à espera dos contra-ataques pra tentar algo, já que não tinha seu meia de criação. O Flamengo, mesmo atuando fora de casa, tentou jogar como se tivesse o mando pra si.

Para um primeiro tempo sonolento, em que os times erravam muitos passes, e trocavam fortes divididas, um segundo tempo melhor e cheio de oportunidades. Não houve gols por questões de falhas individuais, principalmente a calma. Que Paulinho não teve em diversas vezes sendo lançado por Negueba.

Caminhando pro fim do jogo, a expulsão de Geuvânio ridiculamente ajudou o Flamengo a ir pra cima de vez. Ridiculamente porque o time necessitou disso pra sufocar o Santos em busca do gol. Que podia ter vindo pelos pés de Negueba e pelos pés de Paulinho. Principalmente Paulinho, que ao receber passe de Igor Sartori nos acréscimos do jogo, manda a bola na trave. Igor Sartori que havia entrado no lugar de Negueba. Não teve tempo de mostrar seu futebol para Ney Franco, mas pode ter deixado um cartão de visitas com esse chance criada que Paulinho desperdiçou.

O Flamengo mais uma vez tropeça. Um empate fora de casa num campeonato por pontos corridos é sempre bom. Mas, na atual circunstância de crise a qual o Flamengo vive, deve ser encarado como uma derrota. Também pelo fato de o jogo ter sido morno e mostrado que dava pra ser vencido.

São 7 rodadas para 6 pontos. A conta não bate. Se a vitória tivesse vindo, seriam 8 pontos em 7 rodadas. Ainda muito pouco paras as pretensões do Flamengo no ano. Pretensões e esperanças, de time grande que é, que a torcida espera que sejam de vaga na próxima Libertadores, como também de volta por cima e título, o sétimo de sua história. Mas, por enquanto a realidade é outra e não pode ser ilusória.

Resposta do último desafio pós-rodada: A última vez que o Flamengo perdeu para o Bahia, como mandante, no Campeonato Brasileiro, foi em 4 de setembro de 2011, por 3 a 1. | Verdadeiro!

Desafio pós-rodada: Em 31 de outubro de 2009, o Flamengo venceu o Santos no Maracanã por 1 a 0, gol marcado por Adriano. Aquele dia, Álvaro foi expulso aos 10 minutos do primeiro tempo por falta cometida em Rodrigo Souto, volante do Santos. | Verdadeiro ou falso?

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