A volta pra casa! Emoção! Isso é Flamengo! É o povo!

Emoção! Essa palavra resume bem o meu domingo, que resultou na volta ao Maracanã — o primeiro estádio que fui na vida, nos idos de 1995, levado pelo meu tio para assistir ao clássico Flamengo x Vasco. Foram três anos angustiantes de espera, ansiedade e apreensão! Afinal, ninguém dava garantias de quando o Flamengo voltaria ao estádio que foi palco de suas grandes glórias e carrega, entranhado em suas estruturas, histórias diversas de milhares de torcedores.
Quando entrei no “Novo Maracanã”, foi impossível não lembrar da primeira vez que adentrei o estádio mais místico do mundo. Confesso que a emoção não foi a mesma, mas ela não faltou em nenhum momento. O estádio está lindo: cadeiras confortáveis, visão ampla do campo… Mas não é mais aquele Maracanã que conheci em 1995. Aquele Maracanã morreu! Agora é outro estádio por dentro, com a mesma casca por fora.
Na arquibancada, as organizadas deram o tom como tem que ser: muita festa, bandeiras, cantos, olas e incentivo ao time dentro de campo. O maior patrimônio e o coração do Flamengo é a sua torcida! A sua Nação — sem cara, sem cor, sem classe… Assim me sinto numa arquibancada: mais uma pequena parte de um grande todo, mais um sem rosto… Simplesmente mais um que ajuda a fazer a diferença!
O time em campo destoava de tudo que era feito ali, bem à frente deles. O primeiro tempo do Flamengo foi sofrível demais. Seedorf tinha muita liberdade! Foram muitos erros de passe, de posicionamento e de marcação. A expectativa de uma boa partida ia caindo por terra a cada minuto de jogo. Diego Silva foi muito mal, Carlos Eduardo uma nulidade… Tanto que tivemos apenas umas duas oportunidades efetivas de gol nos primeiros 45 minutos. O gol do Botafogo não impediu o incentivo ao time em campo.
O pedido de raça no fim do primeiro tempo parece ter surtido efeito. Mano fez alterações providenciais para o segundo tempo. Colocou Luiz Antonio e Adryan. Os dois entraram muito bem e mudaram a partida. O Flamengo era outro! O Flamengo jogava no embalo da torcida. Tivemos dois gols anulados por impedimento. O primeiro, eu até acho que foi sim. O segundo é discutível… Mas tudo bem! Água mole em pedra dura, tanto bate… vocês sabem!
Embalados, os jogadores deixaram as limitações de lado e partiram pra cima. A torcida não merecia sair do Maracanã com uma derrota! A união da Magnética com os jogadores fez toda a diferença no jogo. O gol de Elias, no final da partida, foi a cereja do bolo! Aliás, o Elias foi um monstro em campo! Sim, poderíamos ter vencido, pelo que fizemos no segundo tempo. Mas, pelas circunstâncias da partida, o gol foi como uma vitória.
Mais lindo foi ver os jogadores indo pra galera e a torcida cantando, após o fim do jogo, como se estivesse matando a saudade da sua casa! Isso não tem preço! Continuamos fazendo a diferença para o time! A diretoria do Flamengo não pode privar o povo, que, em suma, é a essência dessa torcida gigantesca! Ontem ficou comprovado que elitizar e cobrar preços exorbitantes não será a solução para todos os problemas do Flamengo. Ou será que é melhor cobrar caro e ter poucos torcedores na arquibancada? Pensem: sem a torcida, esse time é somente onze mortais com um Manto Sagrado no corpo, em campo!
Vejam e digam se estou mentindo:
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