Abel Ferreira vira alvo da mídia paulista após dizer que título do Flamengo tem asterisco

Abel Ferreira vira alvo da mídia paulista após dizer que título do Flamengo tem asterisco

Abel Ferreira voltou ao centro das discussões esportivas depois de afirmar que a conquista do Flamengo na Libertadores teria um “asterisco”. A frase foi dita no pós-jogo da decisão, na última semana, quando o Palmeiras deixou Lima derrotado por 1 a 0 e com o vice-campeonato. Desde então, ele passou a ser alvo de críticas de diferentes programas esportivos de São Paulo, que reagiram à insinuação de que o título rubro-negro estaria manchado por decisões de arbitragem. O episódio criou um ambiente de tensão e abriu uma série de debates sobre comportamento, fair play e responsabilidade de quem ocupa posições de liderança no futebol brasileiro.


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A repercussão começou nos estúdios da Band. Durante a edição dos Donos da Bola, Neto puxou o assunto e revisitou a trajetória recente do treinador no país. A crítica se concentrou na postura adotada por Abel em momentos de derrota, sempre marcada por queixas e explicações que colocam a culpa em fatores externos. O apresentador recordou episódios que envolveram discussão com jornalistas, atritos à beira do campo e a recusa do treinador em reconhecer falhas próprias. “Ele não admite quando erra. Quando perde, a justificativa nunca passa pelo trabalho dele”, afirmou o comentarista ao relembrar a entrevista coletiva em que o treinador sugeriu que o título do Flamengo carregava um asterisco.

A análise seguiu por uma linha cronológica de situações que reforçam a percepção de desgaste. Conflitos com repórteres, reclamações repetidas sobre arbitragem e declarações que não foram bem recebidas nem pela própria torcida do Palmeiras compõem o conjunto de argumentos apresentados pelos críticos. O tema ganhou força quando Neto relacionou o discurso de Abel à final da Libertadores. O Flamengo venceu com autoridade, algo que para muitos especialistas deveria encerrar qualquer tentativa de relativizar a conquista. A leitura dominante foi de que a fala desrespeitou tanto os jogadores rubro-negros quanto o trabalho desenvolvido por Filipe Luís.

Outros comentaristas entraram no debate, ampliando os pontos levantados. Na sequência da Band, o programa mostrou declarações do ex-jogador Souza, que classificou o comportamento do treinador como “covarde” pela forma com que o Palmeiras encarou a final. A crítica se apoiou em fatos objetivos. A equipe paulista finalizou pouco, não conseguiu propor o jogo e foi amplamente dominada durante os 90 minutos. Para Souza, a tentativa de justificar o resultado usando um suposto erro da arbitragem serve como cortina de fumaça para não reconhecer que o adversário foi superior em campo.

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A discussão se deslocou para a ESPN, no programa Equipe F, onde Zinho, Zé Elias, André Plihal e Osvaldo Pascoal aprofundaram a análise sob outra perspectiva. Eles retomaram declarações anteriores de Abel e apontaram incoerências ao longo da temporada. Os comentaristas observaram que ele cobrou critérios diferentes no Brasileirão e na Libertadores, reclamou de expulsões e cartões quando a arbitragem não o favoreceu e tentou criar uma narrativa de perseguição. Na opinião dos analistas, isso desgastou sua imagem e prejudicou até mesmo a relação com o elenco, que dependia de estabilidade para reagir na reta final dos campeonatos.

Durante o debate, casos específicos foram citados para ilustrar o contraste de postura. Em uma das lembranças, Pascoal destacou que Abel não reconheceu o mérito do Flamengo mesmo após três derrotas seguidas para a equipe de Filipe Luís na temporada. O time carioca venceu duas no Brasileiro e a final da Libertadores, sempre com atuações sólidas e domínio tático sobre o adversário. Essa sequência reforçou o argumento de que o treinador deveria explicar por que sua equipe não conseguiu superar um rival direto, em vez de direcionar o foco para uma suposta interferência externa.

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No centro de tudo permanece a mesma questão. Ao sugerir que o título do Flamengo teria um “asterisco”, Abel Ferreira provocou um debate que extrapolou a rivalidade e alcançou o campo da ética esportiva. O gesto foi interpretado como desmerecimento ao trabalho de uma equipe que conquistou a Libertadores com autoridade. A reação da mídia paulista, embora diversa em estilos e intensidade, converge para um ponto comum. Para os analistas, a declaração ultrapassou o limite da crítica legítima e comprometeu a imagem construída pelo treinador desde sua chegada ao país. A discussão deve continuar, mas o episódio já se tornou mais um capítulo na história recente do futebol brasileiro, onde resultados, protagonismo e discursos se entrelaçam num ambiente cada vez mais intenso e vigiado.

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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)

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Tulio Rodrigues

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