Abel Ferreira vira alvo da mídia paulista após dizer que título do Flamengo tem asterisco
Abel Ferreira voltou ao centro das discussões esportivas depois de afirmar que a conquista do Flamengo na Libertadores teria um “asterisco”. A frase foi dita no pós-jogo da decisão, na última semana, quando o Palmeiras deixou Lima derrotado por 1 a 0 e com o vice-campeonato. Desde então, ele passou a ser alvo de críticas de diferentes programas esportivos de São Paulo, que reagiram à insinuação de que o título rubro-negro estaria manchado por decisões de arbitragem. O episódio criou um ambiente de tensão e abriu uma série de debates sobre comportamento, fair play e responsabilidade de quem ocupa posições de liderança no futebol brasileiro.
Ouça nossas análises e entrevistas sobre a eleição do Flamengo no seu agregador de podcast preferido: Spotify, Deezer, Amazon, iTunes, Youtube Music, Castbox e Anchor.
A repercussão começou nos estúdios da Band. Durante a edição dos Donos da Bola, Neto puxou o assunto e revisitou a trajetória recente do treinador no país. A crítica se concentrou na postura adotada por Abel em momentos de derrota, sempre marcada por queixas e explicações que colocam a culpa em fatores externos. O apresentador recordou episódios que envolveram discussão com jornalistas, atritos à beira do campo e a recusa do treinador em reconhecer falhas próprias. “Ele não admite quando erra. Quando perde, a justificativa nunca passa pelo trabalho dele”, afirmou o comentarista ao relembrar a entrevista coletiva em que o treinador sugeriu que o título do Flamengo carregava um asterisco.
A análise seguiu por uma linha cronológica de situações que reforçam a percepção de desgaste. Conflitos com repórteres, reclamações repetidas sobre arbitragem e declarações que não foram bem recebidas nem pela própria torcida do Palmeiras compõem o conjunto de argumentos apresentados pelos críticos. O tema ganhou força quando Neto relacionou o discurso de Abel à final da Libertadores. O Flamengo venceu com autoridade, algo que para muitos especialistas deveria encerrar qualquer tentativa de relativizar a conquista. A leitura dominante foi de que a fala desrespeitou tanto os jogadores rubro-negros quanto o trabalho desenvolvido por Filipe Luís.
Outros comentaristas entraram no debate, ampliando os pontos levantados. Na sequência da Band, o programa mostrou declarações do ex-jogador Souza, que classificou o comportamento do treinador como “covarde” pela forma com que o Palmeiras encarou a final. A crítica se apoiou em fatos objetivos. A equipe paulista finalizou pouco, não conseguiu propor o jogo e foi amplamente dominada durante os 90 minutos. Para Souza, a tentativa de justificar o resultado usando um suposto erro da arbitragem serve como cortina de fumaça para não reconhecer que o adversário foi superior em campo.
LIVE COMPLETA:
A discussão se deslocou para a ESPN, no programa Equipe F, onde Zinho, Zé Elias, André Plihal e Osvaldo Pascoal aprofundaram a análise sob outra perspectiva. Eles retomaram declarações anteriores de Abel e apontaram incoerências ao longo da temporada. Os comentaristas observaram que ele cobrou critérios diferentes no Brasileirão e na Libertadores, reclamou de expulsões e cartões quando a arbitragem não o favoreceu e tentou criar uma narrativa de perseguição. Na opinião dos analistas, isso desgastou sua imagem e prejudicou até mesmo a relação com o elenco, que dependia de estabilidade para reagir na reta final dos campeonatos.
Durante o debate, casos específicos foram citados para ilustrar o contraste de postura. Em uma das lembranças, Pascoal destacou que Abel não reconheceu o mérito do Flamengo mesmo após três derrotas seguidas para a equipe de Filipe Luís na temporada. O time carioca venceu duas no Brasileiro e a final da Libertadores, sempre com atuações sólidas e domínio tático sobre o adversário. Essa sequência reforçou o argumento de que o treinador deveria explicar por que sua equipe não conseguiu superar um rival direto, em vez de direcionar o foco para uma suposta interferência externa.
VEJA MAIS:
-
- A festa global da Nação: Flamengo celebra o tetra com atos históricos no Brasil e em Lisboa
- Torcedora do Flamengo vê final da Libertadores infiltrada na Mancha Verde e viraliza com relato ousado
- Tiago Leifert destaca hegemonia do Flamengo e números que definem a era rubro-negra no futebol brasileiro
CASO PREFIRA OUVIR:
No centro de tudo permanece a mesma questão. Ao sugerir que o título do Flamengo teria um “asterisco”, Abel Ferreira provocou um debate que extrapolou a rivalidade e alcançou o campo da ética esportiva. O gesto foi interpretado como desmerecimento ao trabalho de uma equipe que conquistou a Libertadores com autoridade. A reação da mídia paulista, embora diversa em estilos e intensidade, converge para um ponto comum. Para os analistas, a declaração ultrapassou o limite da crítica legítima e comprometeu a imagem construída pelo treinador desde sua chegada ao país. A discussão deve continuar, mas o episódio já se tornou mais um capítulo na história recente do futebol brasileiro, onde resultados, protagonismo e discursos se entrelaçam num ambiente cada vez mais intenso e vigiado.
Veja outros vídeos sobre as notícias do Flamengo:
—
Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)
+ Siga o Blog Ser Flamengo no Twitter, no Instagram, no Facebook e no Youtube.
Descubra mais sobre Ser Flamengo
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.