Após manobra jurídica, TJ atende clubes devedores da Libra e altera liminar favorável ao Flamengo

A disputa judicial entre Flamengo e Libra ganhou um novo capítulo nesta semana. A desembargadora responsável pelo caso interrompeu as próprias férias para revisar a decisão liminar que havia bloqueado R$ 77 milhões da liga. O novo despacho reduziu o valor para R$ 1,6 milhão, montante correspondente à diferença que caberia ao Flamengo na distribuição dos recursos contestados. O clube carioca agora tem cinco dias para apresentar manifestação contrária antes da decisão definitiva.
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A medida não encerra o processo, tampouco altera o mérito da ação, que segue em curso. A magistrada apenas reavaliou a necessidade do bloqueio integral dos valores, entendendo que seria desproporcional manter a retenção total de recursos de todos os clubes. O desbloqueio dos R$ 75,4 milhões restantes deve ocorrer nos próximos dias.
A disputa teve início após o Flamengo questionar judicialmente os critérios de rateio adotados pela Libra, alegando ilegalidade no modelo de cálculo e favorecimento a determinados integrantes. A liminar concedida em setembro havia determinado o bloqueio dos valores distribuídos pela entidade, justamente para evitar prejuízo financeiro ao clube até o julgamento do mérito.
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A decisão da desembargadora reacendeu o debate sobre a condução do caso. Integrantes do Flamengo afirmam que a manobra jurídica da Libra, solicitando redistribuição do processo no mesmo dia em que a magistrada saiu de férias, buscava afastar a juíza que havia se posicionado de forma firme nas decisões anteriores. A Justiça, contudo, manteve o caso sob a relatoria original, o que levou a desembargadora a retornar momentaneamente do recesso para despachar.
Com a redução do bloqueio, o Flamengo mantém a estratégia de sustentar a validade da liminar e insiste que as irregularidades na divisão de receitas seguem evidentes. Para o clube, os pagamentos feitos pela Libra antes da decisão já configurariam “prejuízo materializado” e evidenciariam o risco de novas perdas financeiras.
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Enquanto isso, o caso continua a dividir bastidores e a alimentar tensões entre os dirigentes dos clubes da liga. O desfecho judicial, ainda sem data para julgamento final, tende a definir não apenas o rumo do conflito, mas também o modelo de governança que guiará o futebol brasileiro nos próximos anos.
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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)
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