Cadê a bola, Pantera?

Fazia 10 anos que o Flamengo não jogava na Paraíba. A última vez foi em 2003, também pela Copa do Brasil, quando derrotou o Botafogo-PB por 4 a 1. Como é tradição no Nordeste, ontem, no Estádio Amigão, em Campina Grande, não foi diferente. A torcida rubro-negra lotou a parte do estádio destinada a ela, apoiou o time do início ao fim e viu a equipe vencer de virada por 2 a 1.
O dono da casa, o Campinense, começou pressionando e tentando resolver o jogo rapidamente. O time paraibano jogava bem, trocando passes rápidos e fechando suas linhas de marcação em cima do Flamengo, que ficou atordoado nos minutos iniciais.
A pressão deu resultado, mesmo que com uma dose de sorte. Em uma troca de passes na entrada da área, Jéfferson Maranhense arriscou o chute. A bola desviou em Renato Santos e enganou Felipe. O Campinense abriu o placar, e a torcida, maioria no estádio, explodiu em comemoração.
O gol foi o que o Flamengo precisava para acordar. A equipe foi para cima, e Renato, em cobrança de falta, acertou a trave, como se fosse um aviso ao goleiro Pantera, do Campinense, de que ali estava o “homem das faltas” do Flamengo.
Pantera parecia confiante demais. Em uma segunda cobrança de falta, Renato soltou o pé por baixo. Pantera nem se mexeu! Empate no Amigão. A torcida do Campinense se calou, enquanto a rubro-negra fez o estádio tremer.
No intervalo, o Flamengo desceu para o vestiário com a certeza de que precisava arriscar mais e acelerar a transição entre defesa e ataque.
No segundo tempo, os dois times voltaram com objetivos claros: o Flamengo buscava o segundo gol para, se possível, eliminar o jogo da volta; o Campinense queria manter o empate ou ao menos evitar uma derrota por dois gols para levar a decisão ao Rio de Janeiro.
Todos os setores do Flamengo funcionavam bem, e, apesar das péssimas condições do gramado do Amigão, isso não atrapalhou a linha de frente rubro-negra. Rafinha foi um dos destaques, mostrando velocidade e precisão, mesmo sob forte marcação.
Hernane, por outro lado, ficou apagado, talvez por estar isolado no esquema 4-2-3-1.
Mas a bola parada foi novamente a arma do Flamengo na noite. A cada falta próxima da área, o nome de Renato era gritado pela torcida.
E foi assim que o jogo se decidiu. Desta vez, Renato optou pela categoria. Correu para a bola e mandou no ângulo. Pantera ainda tentou, mas já era tarde! O Flamengo virou, para delírio da torcida presente no estádio.
Com o Campeonato Carioca já encerrado, as atenções agora se voltam para o jogo da volta contra o mesmo Campinense, no dia 15 de maio, em local ainda indefinido. Que a festa da torcida rubro-negra seja igual ou ainda maior do que foi ontem!
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muito bom o blog, adorei!