Cenário errado

Cenário errado

Ficha técnica da partida:

Escalação do Fluminense: Diego Cavalieri; Bruno Vieira, Gum, Anderson, Carlinhos; Edinho, Jean, Deco, Thiago Neves; Wellington Nem, Fred. Esquema: 4-4-2. Técnico: Abel Braga.

Escalação do Flamengo: Paulo Victor; Luís Antônio, Marllon, González, Magal; Amaral, Renato Abreu, Ibson, Bottinelli; Diego Maurício, Vagner Love. Esquema: 4-4-2. Técnico: Joel Santana.

Gol(s): Fred, 10 minutos do 2º tempo (Fluminense).

Cartões amarelos: Bruno Vieira, Carlinhos, Deco, Fred (Fluminense); González, Ibson, Bottinelli (Flamengo).

Arbitragem: Wagner Nascimento Magalhães. Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés, Rodrigo Pereira Joia.

Era um domingo nublado no Rio de Janeiro, dia de Fla-Flu – o clássico centenário. O Engenhão estava cheio, mas, como era de se esperar, não lotou para o jogo histórico. Muitos concordaram com a frase: “O Fla-Flu do centenário será disputado no lugar errado.” O palco ideal, o Maracanã, estava em processo de “reconstrução” para a Copa do Mundo de 2014.

Joel Santana, inicialmente, parecia querer escalar uma equipe ofensiva, mas foi tudo ilusão. Os três volantes – um exagero – prejudicaram bastante as ações do meio-campo. Apesar disso, o Flamengo começou bem a partida. No entanto, logo veio o banho de água fria. O time da Gávea foi ‘punido’ por não manter o ímpeto do início do jogo.

O Fluminense, recuado, aguardava uma oportunidade de contra-ataque para surpreender o Flamengo. E conseguiu! Em uma cobrança de falta, a bola foi para a área, voltou para Thiago Neves, que cruzou para Fred abrir o placar. Fred, que havia declarado antes do jogo que não estava 100% fisicamente, mostrou seu valor e marcou para o Fluminense.

Mesmo com o gol, o panorama do jogo não mudou. O Flamengo continuava pressionando – ou tentando –, enquanto o Fluminense se defendia com duas linhas de quatro e buscava os contra-ataques.

No fim do primeiro tempo, Fred quase marcou o segundo em um cruzamento rasteiro de Thiago Neves.

**Fim do primeiro tempo.**

No retorno para o segundo tempo, apenas o Flamengo fez mudanças. Adryan entrou no lugar de Diego Maurício, que esteve apagado durante toda a partida, e jogou como segundo atacante.

O Fluminense, por sua vez, manteve a mesma postura, defendendo-se com duas linhas de quatro e esperando o contra-ataque. Dominava o jogo e praticamente não sentia a pressão do Flamengo, que tocava a bola de um lado para o outro, sem conseguir penetrar na defesa tricolor.

O Flamengo parecia querer imitar o estilo do Barcelona, com posse de bola, mas sem efetividade. Já o Fluminense, no estilo Chelsea, esperava um erro para contra-atacar.

González, sozinho, lesionou as costas e precisou ser substituído. O estreante Arthur Sanches entrou em seu lugar e fez uma partida discreta.

Aos 30 minutos do segundo tempo, Mattheus substituiu Amaral, que também estava apagado. Com mais juventude em campo, o Flamengo partiu para cima do Fluminense.

Em uma boa jogada de Magal, o lateral cruzou na cabeça de Adryan, que só não marcou porque cabeceou com o ombro.

Nos minutos finais, o Flamengo pressionou com vários escanteios e, na base da raça, tentou o empate. Arthur Sanches cabeceou na trave e Mattheus chutou forte, mas a zaga do Fluminense se segurou, garantindo a vitória no Fla-Flu do centenário.

O Fluminense levou a melhor. O Flamengo, por outro lado, “festejou demais”, cochilou e ficou com o cenário errado.

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Germano Medeiros