Como “bater em bêbado”

Como já havia sido destacado no confronto contra o Duque de Caxias, o Fla-Flu de hoje não tinha grande valor além da simbólica premiação de 3 pontos – importante para o Flamengo, mas irrelevante para o Fluminense.
Foi um jogo relativamente fácil para o Flamengo. Não tão fácil, nem complicado, apenas moderadamente tranquilo. A expressão “bater em bêbado” descreve bem a situação.
Destaque para as atuações de Gabriel, Elias, Rafinha e Felipe – este último, em especial, salvando o time em momentos críticos, mesmo com o placar favorável de 3 a 0.
A boa performance do Flamengo, no entanto, contou com a ajuda do Fluminense, que jogou mal, deu muitos espaços e entrou com um time quase todo reserva. Não seria justo atribuir todo o mérito da vitória às falhas do adversário, mas isso certamente facilitou o trabalho rubro-negro.
Alguns jogadores demonstraram nervosismo e falta de tranquilidade em campo, como Hernane e Amaral. O futebol, apesar de suas complexidades, exige simplicidade – um ponto que equipes como o Barcelona exemplificam tão bem ao fazerem o simples com genialidade.
O técnico Jorginho continua realizando muitas mudanças no time, aproveitando o Campeonato Carioca como laboratório. Essa estratégia é válida para encontrar a melhor formação visando o Brasileirão e a Copa do Brasil – competições que demandam tanto planejamento quanto um elenco coeso.
Os Gols da Partida
- Primeiro Gol: Uma jogada pensada e trabalhada. Gabriel recebeu no meio, viu Léo Moura avançando pela direita e lançou. O lateral cruzou para Hernane, que cabeceou com precisão, abrindo o placar.
- Segundo Gol: Rafinha recebeu na área, foi para cima da zaga e sofreu pênalti. Renato converteu com tranquilidade, deslocando Cavalieri.
- Terceiro Gol: Ramon avançou pela esquerda e chutou cruzado. Rafinha desviou, Cavalieri espalmou e, no rebote, Renato marcou quase sem equilíbrio. Um gol que trouxe alívio ao time e à diretoria, encerrando momentaneamente o período de pressões externas.
Reflexões e Críticas
A vitória é importante, mas evidencia um ponto curioso: a pressão por resultados dentro de campo não era tão presente na gestão anterior, de Patrícia Amorim, quando as cobranças estavam mais voltadas à administração do clube. Agora, em um cenário de reestruturação administrativa, a torcida parece ansiosa por respostas imediatas no futebol.
Às vezes, a torcida do Flamengo soa bipolar ou, talvez, cega em alguns momentos. Passou anos clamando por um clube organizado e financeiramente saudável. Agora que essa possibilidade começa a se materializar, a impaciência com os resultados em campo ameaça desviar o foco.
Desabafo: Se a torcida do Flamengo não souber valorizar o momento atual, pode acabar não merecendo o clube promissor que está sendo construído.
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