E aí, vamos pensar?

Tulio Rodrigues

Falar do Flamengo hoje é complicado para qualquer torcedor, já que é difícil encontrar algo positivo para comentar sobre o time. Analisar o último jogo é desnecessário, basta observar os jogos anteriores: mais do mesmo, mas dessa vez sem empate ou vitória.

Esse Flamengo pode ser comparado ao cérebro humano, onde os jogadores seriam os neurônios responsáveis pelas ações que afetam o corpo. Os neurônios cooperam entre si, interagindo para que tudo funcione corretamente, o que não acontece no time. Explicarei essa analogia.

Na minha comparação, os jogadores são os neurônios, que precisam de sincronia e cooperação para que tudo funcione bem. No time de Joel, parece não haver essa ligação entre os atletas. O que falta é o “neurônio” que pense, o meia de ligação, capaz de municiar o ataque e ditar o ritmo de jogo com inteligência. Não temos esse jogador atualmente.

Segundo os cientistas, quando um neurônio ou célula morre, ele não se regenera. Mas, no futebol, podemos encontrar um novo meia. Aliás, temos esse jogador na base do Flamengo, embora não seja bem aproveitado. Por pressão, os jovens têm sido relacionados ao elenco, mas isso não é o ideal para utilizar a “prata da casa”.

Contra o Grêmio, não ameaçamos ofensivamente com a bola rolando, apenas nas bolas paradas. Não sofremos uma goleada porque Paulo Victor estava em um bom dia, e em alguns momentos contamos com a sorte. Nossa equipe não conseguiu dar quatro passes certos seguidos, e embora o problema seja a formação, jogadores como Airton e Renato erram passes demais.

Ainda há tempo para corrigir as coisas, e a mudança deve começar no banco. Talvez Joel tenha perdido os “neurônios” que o fazem pensar desde que saiu do Flamengo em 2008 para ser auxiliar de Parreira na África do Sul. Pior foi ouvir que ele gostou da atuação da equipe e que ainda acredita na briga pelo título. Jogando assim, não vamos muito longe.

Há algo de novo no que falei até agora? Alguma diferença em relação ao jogo contra o Grêmio comparado aos anteriores? Tenho certeza de que você concorda: nada mudou! Voltando à minha analogia com o cérebro humano, parece que estamos funcionando com um cérebro cheio de distúrbios e problemas crônicos.

Assim como o futebol, o cérebro é complexo. Existem diversos estudos sobre seu funcionamento, assim como no futebol, que também proporciona emoções ao ver o menor vencer o maior. É hora de nosso cérebro voltar a funcionar, ou melhor, o Flamengo voltar a jogar bem, para que os “neurônios”, nossos jogadores, comecem a cooperar. Caso contrário, o cérebro que sofrerá será o nosso, com uma terrível e temida esquizofrenia!

Twitter: @poetatulio

Siga-nos no Twitter: @blogserflamengo

Comentários

Descubra mais sobre Ser Flamengo

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Next Post

Série - 100 anos de Fla x Flu

Em breve, iniciaremos uma série para celebrar o centenário de um dos maiores e mais importantes clássicos do futebol brasileiro e mundial: o Fla-Flu. É o único clássico do mundo com nome próprio, batizado por ninguém menos que Mário Filho, pioneiro e ícone da crônica esportiva. Para essa celebração, selecionamos […]

VEJA MAIS