Festa do Flamengo pelo mundo: Letônia, interior do Brasil e grandes cidades celebram o tetra da Libertadores

Festa do Flamengo pelo mundo: Letônia, interior do Brasil e grandes cidades celebram o tetra da Libertadores

Quem acompanha o Flamengo sabe que o clube sempre se moveu por afetos que cruzam fronteiras. O que poucos imaginavam é que esse laço emocional voltaria a se manifestar de maneira tão intensa no tetra da Libertadores, celebrado não apenas no Brasil, mas em lugares improváveis. A mobilização começou logo após o apito final, quando torcedores espalhados por capitais, interiores distantes e até países da Europa Oriental transformaram ruas, praças e garagens em pequenas versões da Gávea. O registro mais curioso veio da Letônia, onde um rubro-negro solitário enfrentou neve e temperaturas negativas para gritar pelo clube, episódio que virou símbolo dessa conexão global.


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A série de vídeos reunidos nos últimos dias comprova que o êxtase tomou proporções continentais. O material, divulgado inicialmente pelo perfil “Flamengo Fora de Contexto” e analisado na transmissão do canal, mostra festejos que começam na Amazônia, passam pelo Nordeste, alcançam o Sul e avançam até regiões remotas do planeta. A cada novo registro, cai por terra o discurso antigo de que o torcedor fora do Rio seria apenas “simpatizante”. Em cidades pequenas, onde o estádio mais próximo está a centenas de quilômetros, o sentimento parece justamente o contrário: uma afirmação de pertencimento.

A jornada começa por Manacapuru, no Amazonas, onde faixas, fogos e um trator iluminado conduziram a celebração. De lá segue para Pedro II, no Piauí, com sinalizadores pintando o céu. Em São João Del Rei, em Minas Gerais, a torcida tomou ônibus e caminhões, recriando uma espécie de desfile improvisado. Em São Bento, na Paraíba, motos dominaram avenidas estreitas, uma cena que se repetiu em outros municípios nordestinos. Em Ipoeiras, no Ceará, o volume de gente impressiona; pelas imagens, é difícil crer que um município de porte modesto mobilize tanta gente ao mesmo tempo. Em Barra Mansa, no sul fluminense, caixas térmicas funcionavam como batuques enquanto rojões anunciavam o tetracampeonato. Boa Vista, Natal, Caculé, Além Paraíba, Blumenau e tantas outras localidades transformaram o país numa linha contínua de bandeiras rubro-negras.

O ponto mais inesperado surge no minuto final da compilação. Um torcedor na neve da Letônia, em meio ao frio de quase dez graus abaixo de zero, grava um vídeo num cenário completamente alheio à atmosfera tropical que acompanha a história do Flamengo. A declaração dele resume a dimensão dessa paixão: “Eu não sou brasileiro, não tenho parentes no Brasil, mas sou muito Flamengo”. O contraste é forte. Enquanto multidões lotavam ruas no Nordeste ou no Sul, um único torcedor do Báltico também encontrava sua maneira de participar da mesma festa, reafirmando que a mística rubro-negra se espalha por caminhos imprevisíveis.

LIVE COMPLETA:

Essa manifestação global começou a se repetir em finais recentes, mas com intensidade maior após a conquista de 2019. De lá para cá, surgiram consulados, embaixadas e grupos organizados em dezenas de países. O tetra consolidou definitivamente esse mapa afetivo. Em Dublin, na Irlanda, o encontro se assemelhou a uma pracinha carioca em noite de decisão. Em outros centros europeus, a cena se repetiu com sotaques variados, mas a mesma bandeira vermelha e preta.

A recorrência desses episódios também revela outro ponto: a transformação da percepção sobre o Flamengo no exterior. A combinação de grandes campanhas internacionais, atletas reconhecidos e presença digital crescente expandiu a marca para territórios onde o futebol brasileiro raramente chega. O vídeo do torcedor letão virou evidência de que, mesmo distante geograficamente e culturalmente, a emoção futebolística encontra atalhos.

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CASO PREFIRA OUVIR:

A série de publicações continuará reunindo gravações de diferentes regiões, incluindo cidades ainda não exibidas como Luzilândia, no Piauí, que deve aparecer no próximo capítulo. Cada registro ajuda a compor uma geografia sentimental que diz muito mais sobre o país e sobre o clube do que sobre o placar de uma final. O Flamengo venceu em Lima, mas a comemoração pertenceu ao mundo inteiro.

Torcida do Flamengo faz festa histórica no Brasil e na Irlanda após tetra da Libertadores

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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)

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Tulio Rodrigues

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