Nas últimas semanas, por algumas razões fiquei impossibilitado de escrever neste espaço. Mas o que me impedia de ver o Flamengo jogar, ao vivo, não me impedia de ver um VT depois. E nos VT’s, posso garantir que senti o que o Mano sente ali na beira do campo comandando esse time. Sorte da diretoria, eu diria, que uma ampla parte da torcida não o culpa pelas fraquíssimas apresentações do atual elenco do Flamengo – arrisco dizer que só Elias vem jogando algo que se aproxime do futebol.
Ontem diante da Ponte Preta, o Flamengo era um time medroso. Tudo bem que no fim se soltou e conseguiu o gol de empate. Mas, até o momento da pressão aplicada em busca do gol, era um jogo horrível. “Ah, mas era um time misto, bem misto, e sem entrosamento algum.” Quando uma situação assim acontece no futebol, à raça tem que predominar e vencer as limitações técnicas. Coisa que o Flamengo não usa. E todas as suas conquistas em sua história foram com raça.
Onde foi parar aquele Flamengo que asfixiou o Vasco lá em Brasília no primeiro turno e venceu por 1 a 0? Apenas 1 a 0, mas foi na raça! Também se procura aquele Flamengo que enfiou 3 a 0 no atual campeão da Libertadores em Brasília. Aquele dia, por exemplo, o time entrou com a adrenalina lá em cima e lutando por cada pedaço de campo, com tesão. O resultado não poderia ser outro: encurralou o campeão da América (coisa que também conseguiu em 2011, contra o Santos de Neymar).
Contra a Ponte, o gol de André Santos veio quase no fim, no único momento do jogo que o Flamengo decidiu jogar sem medo de ser feliz, esquecendo suas limitações técnicas e táticas. Como exemplo do que esse time é capaz, posso citar a ‘jogadaça’ de João Paulo pelo meio, tabelando com Hernane. Que só não saiu o gol porque o ‘Brocador’ errou o chute. Jogada simples com toques curtos e objetivos. Sem firula, apenas tirando a marcação do caminho. Outra que posso citar: os seguidos chapéus que Paulinho tentava aplicar nos jogadores da Ponte. Alguns com sucesso, outros nem tanto.
O Flamengo pode e sabe jogar assim, mas não sabe ainda, em pleno 2013, cruzar bolas na área. André Santos, por exemplo, será que a chuteira o atrapalha, ou seriam os campos por onde ele joga? Aquilo não é normal. Sem exceção: durante todos os jogos, não tem UM levantamento pra área que o torcedor fique esperançoso. Porque infelizmente sabe que não vai resultar em absolutamente nada. Ou alto demais com bola isolada, ou baixo demais, como Carlos Eduardo ontem no fim do jogo, desperdiçando o que poderia ser nosso gol da virada e da vitória.
Felipe ainda machucado, ‘desfalca’ o gol; porém Paulo Victor vem bem e tem altas chances de permanecer ali. Chicão e González desfalcam a zaga; diria que apenas o primeiro, porque ainda podemos nos valer de suas faltas e experiência – a experiência e esperança que tínhamos no Chileno ficaram na Universidad de Chile e aqui não desembarcou. Leonardo Moura é típico caso do ‘só tem tu vai tu mesmo’(Luiz Antônio é um quebra-galho que só funcionou raríssimas vezes e seu lugar é mesmo no meio); do lado esquerdo a inutilidade de duas mulas chamadas João Paulo e André Santos (mesmo caso do ‘ex’ lateral direito, exceto apenas que o ‘ex’ tem história no Flamengo – apesar dos pesares e até que se consiga outro lateral para o lugar, teremos de aturá-lo).
Interrompi a análise de um possível time ideal do Flamengo, porque as dúvidas são infindas em relação à linha de frente deste time. Mas uma coisa é concreta com relação ao resto do ano que o Mano terá: infelizmente, jogar o Brasileiro com a faca nos dentes e brigando por não rebaixamento, enquanto joga a vida na Copa do Brasil, pois é a nossa última esperança de terminamos 2013 com um sorriso no rosto.
No nosso lado da chave, além de enfrentarmos e derrubarmos o Botafogo em dois jogos no Maracanã, onde teremos que sugar toda a magia do estádio, como ocorrido no último Flamengo x Cruzeiro, de 28 de agosto, teremos que, independente de quem passe no confronto Vasco e Goiás, também derrubar.
Uma final que pode ser entre Flamengo x Corinthians, mas, acima de qualquer expectativa ruim ou boa até lá, uma final que TEM QUE TER O FLAMENGO. Não importa como nem por que, temos que estar nela, e vencê-la, óbvio. Porque, não apenas nosso 2013 como também nosso planejamento para um 2014 decente, depende muito disso. A Libertadores eu quero, todos os outros 40 milhões também querem, e vão fazer o impossível pra te levar até lá, Flamengo. A gente joga, empurra, te leva pelo mundo, mas será em vão se você não quiser ir conosco e ser ajudado. Flamengo, a gente só quer a tua felicidade. É como um amor de mãe: o teu sorriso é o nosso sorriso, o teu choro é o nosso choro, enfim, tua vida é a minha vida. Acho que não é difícil entender!
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