Flamengo domina o Brasileirão: números históricos, público recorde e liderança em premiações

Flamengo domina o Brasileirão: números históricos, público recorde e liderança em premiações
Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

O Flamengo encerrou o Brasileirão com uma série de marcas que explicam por que a equipe dominou o campeonato. O que se viu ao longo das 38 rodadas foi um elenco que respondeu em alto nível mesmo em momentos de desgaste, acumulou números raros na história dos pontos corridos e ainda elevou seu patamar financeiro com receitas de bilheteria e premiações. A análise dos dados revela como o clube construiu um desempenho praticamente irretocável.


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A última rodada, empatada em 3 a 3 com o Mirassol jogando com uma equipe sub-20, sintetizou a profundidade do elenco. Jogadores como Douglas Telles e Guilherme mostraram maturidade e ajudaram a manter a invencibilidade rubro-negra fora do Rio na reta final. O perfil DataFut catalogou um número de marcas alcançadas que permitiu visualizar a superioridade técnica do Flamengo. O time terminou com 79 pontos, 23 vitórias e apenas cinco derrotas, além do melhor ataque e da defesa menos vazada da competição. Foram 78 gols marcados e 27 sofridos, saldo de 51, o maior já registrado na era do Brasileirão com 20 clubes.

Essa performance sustentou outro feito relevante. Desde 2019, quando atingiu pela primeira vez a marca de terminar o campeonato sem ser derrotado como mandante, o Flamengo repetiu o feito agora em 2025. O Maracanã, mesmo diante de um calendário, voltou a ser território intransponível. Gremistas em 2009, atleticanos em 2012, Fortaleza em 2024 e o próprio Mirassol nesta temporada compõem a lista concisa das equipes que já conseguiram isso.

Os indicadores continuam chamando atenção conforme se amplia o recorte histórico. Quando se observa o melhor saldo de gols de todas as edições disputadas com 20 times, o Flamengo ocupa o topo das duas primeiras posições. Os 51 gols de saldo em 2025 superam os 49 de 2019, ano em que Jorge Jesus redefiniu o padrão de competitividade do futebol brasileiro. Na sequência aparecem Corinthians de 2015, Cruzeiro de 2013 e Palmeiras de 2022. Os dados reforçam que o domínio atual não é isolado.

A superioridade técnica encontrou eco no comportamento da torcida. Venê Casagrande publicou um levantamento mostrando que os dez maiores públicos do Brasileirão de 2025 pertenceram ao Flamengo, todos no Maracanã. O jogo contra o Ceará, logo após a conquista do tetra da Libertadores, levou 73.244 pessoas ao estádio. Na sequência vieram confrontos com Cruzeiro, Palmeiras e Santos, sempre acima de 69 mil torcedores. A soma total ultrapassou 692 mil ingressos vendidos apenas como mandante, volume que poucos clubes no mundo sustentam durante uma única edição de liga.

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Outro levantamento destacou o impacto financeiro desse cenário. De acordo com dados compilados pelo Somos Clubistas, o Flamengo encerrou o ano como o clube que mais levou torcedores aos estádios e o que mais arrecadou com bilheteria no Brasil. Foram 1.868.908 torcedores ao longo da temporada e uma receita bruta de R$ 129.574.000. O Corinthians aparece em segundo, com 1.427.000 torcedores e R$ 100 milhões. Bahia, Palmeiras e São Paulo completam a lista dos cinco maiores públicos, mas todos distantes da marca rubro-negra.

A dimensão econômica cresce ainda mais quando se levam em conta as premiações internacionais. A Conmebol divulgou o ranking dos clubes que mais receberam dinheiro na Libertadores. O Flamengo, campeão, liderou com folga e acumulou 33.240.000 dólares, o equivalente a R$ 178.820.000 reais na cotação mais recente. O Palmeiras, vice-campeão, aparece em seguida com 17.230.000 dólares. Racing e LDU completam o grupo dos quatro semifinalistas. Com isso, a edição de 2025 alcançou o maior valor total distribuído da história da competição, 209 milhões de dólares.

Os analistas financeiros também projetam impactos para o exercício seguinte. Bruno Chatack, especialista em gestão esportiva, destacou que o Flamengo deve atingir o maior volume de receitas não recorrentes já registrado por um clube brasileiro. A soma envolve vendas de jogadores, premiações de torneios internacionais e o desempenho no Mundial de Clubes. Embora esse tipo de receita não componha o núcleo fixo do orçamento, reforça a capacidade de investimento imediato. A gestão esportiva, no entanto, trabalha para consolidar fontes fixas, como patrocínios e contratos longos, que oferecem previsibilidade.

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O panorama geral permite entender por que o Flamengo encerra a temporada numa posição tão dominante. O clube manteve estabilidade técnica, ampliou seus recordes, consolidou a maior média de público do país e reforçou seu poder econômico com números que influenciam diretamente o planejamento de 2026. O Maracanã voltou a operar em padrão elevado, resultado de ajustes feitos na administração recente, e a participação internacional transformou vitórias em receita. Quando se observa o conjunto, fica evidente que o título brasileiro de 2025 não nasceu apenas da força em campo, mas de um ecossistema esportivo cada vez mais robusto. É nesse ambiente que o Rubro-Negro tenta construir um ciclo mais longo de hegemonia.

Tiago Leifert destaca hegemonia do Flamengo e números que definem a era rubro-negra no futebol brasileiro

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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)

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Tulio Rodrigues

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