Homenagem a Sandro Rilho: emoção, legado e amor ao Flamengo com Zico e TopzZico
Amigos, ídolos e admiradores se reuniram para prestar uma homenagem a Sandro Rilho, o homem que transformou o amor pelo Flamengo em pontes, reencontros e sonhos realizados. O evento, que contou com a presença de Zico, do canal TopZzico e de diversos representantes da comunidade rubro-negra, foi uma celebração de gratidão e afeto a quem há mais de uma década dedica tempo e alma para manter viva a chama da história do clube.
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O evento aconteceu em clima de comoção e alegria. Entre depoimentos, lembranças e músicas, vieram à tona histórias que ajudam a compreender a dimensão humana de Sandro, desde os primeiros contatos com o CFZ até o surgimento das homenagens a ex-jogadores que marcaram o Flamengo. Marcelo Neagu, ao relembrar os primeiros passos da parceria, contou que conheceu Rilho em 2015, quando a página do projeto (TopzZico) atingiu 40 mil seguidores. Movido pela curiosidade e pela admiração, decidiu descobrir quem era o homem por trás da assessoria de Zico. Encontrou, na busca, um amigo e um parceiro de vida.
A conexão entre eles se firmou a partir de uma história simbólica. Marcelo relatou a Sandro o caso de Flávio, um amigo que, mesmo sem ser um dos selecionados para jogar em 2013, levou na bolsa as chuteiras com a esperança de entrar em campo. Como não conseguiu participar, abandonou o futebol e deixou o equipamento guardado por dois anos. Foi apenas em 2016, quando o grupo organizou um novo jogo, que Flávio voltou a calçar as chuteiras. “Foram histórias como essa que fizeram o Sandro querer agir”, contou. “Ele ouviu e disse: ‘Vamos montar um jogo com o Zico, então’. Achei que fosse impossível. Mas o Sandro fez acontecer.”
De lá pra cá, muitos jogos foram organizados, mais de cem homenagens aos ídolos do Flamengo documentadas e milhares de torcedores tocados por ações que uniram gerações. Cada evento, cada reencontro entre ídolos e torcedores, levava a marca da persistência e da sensibilidade de Sandro. “Ele é incansável”, resumiu um dos amigos presentes. “Fazia tudo por amor ao Flamengo, sem esperar nada em troca.”
Durante o evento, a companheira de vida de Sandro, Andreia, foi lembrada com carinho por todos. A história dos dois se confunde com a própria trajetória do homenageado, principalmente após o período difícil da pandemia, quando ele enfrentou complicações graves de saúde. “A Andreia virou as mãos, os braços e as pernas do Sandro”, disse Marcelo. “É impossível olhar pra um e não lembrar do outro.”
Visivelmente emocionado, Sandro relembrou o início de sua caminhada. Refugiado de Angola, chegou ao Brasil em 1975 e encontrou no Flamengo um símbolo de acolhimento e identidade. “Meu padrasto trabalhava perto da São Francisco Xavier, e eu via o Flamengo passar. Foi a bandeira rubro-negra que primeiro me chamou atenção. As cores me lembravam a minha terra”, contou. A relação com o clube cresceu até se tornar parte de sua própria história. “A minha vida se divide em antes e depois do Zico”, afirmou, em lágrimas. “Se o futebol tem alma, o nome dela é Zico.”
Zico, por sua vez, retribuiu o carinho e destacou o papel de Sandro na preservação da memória rubro-negra. “É bom ter caras como ele, que servem de exemplo pra todos nós”, disse o ídolo. O craque entregou pessoalmente uma placa de reconhecimento.
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“Ele permitiu que a gente voltasse a sonhar”, resumiu Marcelo. “Porque dentro de cada torcedor mora uma criança que sonhou em jogar com seus ídolos. O Sandro fez isso acontecer.”
No fim, ficou o silêncio do agradecimento sincero. Entre aplausos e lágrimas, a certeza de que a história do Flamengo é feita por quem nunca deixou de acreditar nos próprios sonhos.
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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)
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