O Centro de Futebol Zico (CFZ), na Zona Oeste do Rio, foi tomado pela emoção no último fim de semana. Fãs e amigos se reuniram para celebrar os dez anos do TopzZico, projeto que nasceu nas redes sociais e transformou a admiração pelo Galinho em amizade, solidariedade e memória viva do Flamengo.
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Tudo começou em 2013, quando Zico completava 60 anos. Na época, o ídolo criou um desafio dentro do Facebook: o “Top Fans”, em que os mais engajados com as publicações do Rei ganhariam a chance de conhecê-lo e jogar ao seu lado. A ideia cresceu rapidamente. Entre curtidas, comentários e compartilhamentos, formou-se uma comunidade de apaixonados pelo camisa 10 que, mesmo depois do fim da ação, não quis se separar.
“Quando o ranking saiu, ficamos felizes pelos 22 escolhidos, mas tristes pelos amigos que ficaram de fora. Foi ali que nasceu o TopzZico, juntando quem participou e quem queria participar”, contou Marcelo Neagu, um dos idealizadores do movimento.
O grupo não apenas resistiu como floresceu. Em 2015, com o apoio de Sandro Rilho, o projeto ganhou corpo e passou a realizar partidas com Zico, Adílio, Andrade e outros ídolos rubro-negros. O espírito sempre foi o mesmo: celebrar o futebol, a amizade e o legado de um jogador que transcende o campo.
Neste ano, o reencontro no CFZ foi marcado por homenagens. Um jogo festivo reuniu 42 participantes, simbolizando os “Zicos” espalhados pelo Brasil. Ao fim da partida, todos receberam medalhas comemorativas. Mas o momento mais comovente veio na hora dos tributos.
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Adílio, que esteve presente em boa parte das edições do TopzZico, foi lembrado com carinho. Sua esposa, Sônia, subiu ao palco para receber a homenagem em nome do eterno craque, sob aplausos e lágrimas. “Ele sempre foi um exemplo de carinho e generosidade com todos nós”, disse Marcelo, emocionado.
O evento também celebrou a trajetória de Sandro Rilho, figura central nas ações de memória do Flamengo. Fundador do projeto Fla Nação, Sandro enfrentou problemas de saúde nos últimos anos, mas manteve a paixão e o compromisso com a história rubro-negra. “A minha história no Flamengo se divide antes e depois do Zico. Se o futebol tem alma, o nome dela é Zico”, declarou, em um discurso que arrancou aplausos e abraços.
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Zico, com a simplicidade que o consagrou, agradeceu aos amigos e ressaltou o valor das conexões criadas pelo futebol: “O mais importante é a confraternização. Ver todos vocês aqui, juntos, mostra o tamanho dessa paixão. O CFZ é e sempre será a casa de vocês.”
A celebração terminou como começou: em clima de família. Gritos de “Zico é o nosso Rei!” ecoaram pelo campo, lembrando que, mesmo depois de 10 anos, o TopzZico segue vivo, não como um grupo de fãs, mas como uma irmandade construída sobre a gratidão e o amor por um ídolo que deu ao Flamengo e ao futebol brasileiro algo que o tempo não apaga.
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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)
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