Jornalistas erram na cobertura jurídica de Flamengo x Libra, apontam advogados

Jornalistas erram na cobertura jurídica de Flamengo x Libra, apontam advogados
Imagem: Reprodução/Youtube

Durante uma transmissão ao vivo no canal Ser Flamengo, os advogados Rodrigo e Pablo discutiram as incoerências da Libra e os equívocos de parte da imprensa esportiva na cobertura do caso judicial que opõe a liga ao Flamengo. O debate aconteceu na última semana e expôs, com base em documentos e decisões judiciais, as distorções na narrativa pública sobre a disputa.


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O ponto de partida foi o comentário do jornalista Paulo Vinícius Coelho (PVC), que comparou a decisão do Flamengo de recorrer à Justiça com alguém que parte para a agressão em um debate, “perdendo a razão”. Quando o debate sai das bravatas e entra no campo jurídico e técnico, o silêncio costuma ser a única saída de quem não tem argumento. A crítica de PVC cria um paradoxo: “ele reconhece que o clube tem direito de acionar a Justiça, mas condena quando o direito é exercido”.

Rodrigo complementou o raciocínio com base no processo judicial. Lembrou que o Flamengo entrou com pedido de liminar apenas para suspender os repasses até que os critérios de distribuição das receitas fossem definidos. “Qual seria a alternativa? Pedir para continuar pagando errado?”, ironizou. Para o advogado, o pedido é juridicamente correto e previsto no contrato original da Libra, que previa critérios técnicos, e não estimativas genéricas, para o cálculo das cotas.

A conversa também abordou a cronologia dos fatos. A decisão liminar favorável ao Flamengo foi concedida em 24 de setembro, mas a Libra só alegou urgência apenas no dia em que a desembargadora responsável entrou de férias, em 15 de outubro. O movimento, segundo juristas ouvidos pela defesa rubro-negra, tentou deslocar o processo das mãos da “juíza natural”, o que é vedado pelo princípio do devido processo legal.

A LIVE COMPLETA:

Os advogados chamaram atenção para a ausência de cobertura detalhada por parte da imprensa sobre o conteúdo das assembleias da Libra. Ninguém deu manchete sobre o que foi dito na apresentação de Marcelo Campos Pinto. Há uma seletividade evidente. O Flamengo alega fraude documental nas atas e mudanças de critérios de medição de audiência sem deliberação regular.

O advogado Pablo reforçou o argumento: “Houve confusão entre os critérios de domicílio e indivíduo. O anexo aprovado fala uma coisa, mas o pagamento foi feito com base em outra. Isso, juridicamente, é nulo”.

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A discussão terminou com uma crítica mais ampla ao comportamento da mídia esportiva diante de temas jurídicos. Há jornalistas opinando sobre direito sem ler o processo. Quando a análise abandona os autos, acaba virando torcida. A fala sintetizou o espírito do debate: menos bravata, mais substância, e um convite para que a cobertura esportiva trate o caso Flamengo x Libra com o mesmo rigor exigido em qualquer pauta de Justiça.

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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)

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Tulio Rodrigues

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