“Leila acha que vai mandar na Libra”, diz Bap em fala polêmica sobre a presidente do Palmeiras

O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, voltou a abordar os bastidores da Libra e a relação com Leila Pereira, presidente do Palmeiras, e Julio Casares, do São Paulo. Em entrevista publicada nesta quarta-feira (15), ele detalhou como as divergências dentro da liga se intensificaram ao longo do ano e deixou claro que, na sua visão, há um desequilíbrio de poder conduzido por interesses pessoais.
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Segundo Bap, o relacionamento com Leila era bom até que começaram as discordâncias sobre os rumos da Libra. “A relação com a Leila é ótima quando você concorda com tudo o que ela quer. Aí é muito boa. Quando você discorda, o cenário muda”, ironizou o dirigente. Ele explicou que, com Casares, mantém uma convivência cordial e de longa data, embora a tensão também tenha crescido por conta das disputas recentes envolvendo a divisão de receitas de televisão.
A troca pública de declarações entre os dirigentes do Flamengo e do Palmeiras acentuou a crise na liga. Bap lamentou a forma como Leila conduziu o debate, classificando sua postura como “infantil” e personalista. “Ela parece achar que vai mandar na Libra, como se o negócio fosse dela. E não é. A Libra é uma construção coletiva, não um projeto pessoal”, afirmou. Para o dirigente, o conflito extrapolou o campo institucional e passou a ser alimentado por vaidades e disputas políticas.
O dirigente rubro-negro também apontou que muitos clubes aliados à Leila e a Casares estariam agindo por conveniência financeira, sem avaliar adequadamente as cláusulas do contrato com a Libra. “Há quem tenha feito orçamento contando com dinheiro que talvez não viesse. E agora, quando se deparam com uma lacuna no contrato, buscam manter o acordo a qualquer custo. É uma união por dinheiro, não por convicção”, disse.
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Bap citou que o Flamengo procurou fundamentar suas propostas com apoio técnico, contratando profissionais experientes do mercado de mídia, enquanto outros clubes, segundo ele, ignoraram detalhes essenciais. “Provamos que nem São Paulo nem Palmeiras perderiam nada com o modelo que apresentamos. Mas duvido que tenham lido a proposta. Nunca se debruçaram sobre o que discutimos o ano inteiro”, criticou.
O embate entre Flamengo e Libra tem origem nas divergências sobre a divisão das receitas de televisão e governança da liga. Enquanto o clube carioca defende critérios mais equilibrados, parte dos associados, liderada por Palmeiras e São Paulo, defendem cenário aprovado de maneira ilegal. O impasse levou o caso à Justiça, onde o Flamengo questiona a validade da decisão.
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Ao fim da conversa, Bap voltou a insistir que o debate sobre o futuro da Libra precisa ser técnico e transparente, não guiado por disputas pessoais. “Discordar não faz de ninguém um inimigo. O problema é quando alguém transforma um projeto coletivo em propriedade particular”, concluiu.
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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)
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