Leila Pereira evita reconhecer méritos do Flamengo e reforça discurso de negação após os vices

Leila Pereira evita reconhecer méritos do Flamengo e reforça discurso de negação após os vices

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, voltou ao centro do debate nacional ao comentar as recentes conquistas do Flamengo e a discussão em torno dos rumos do futebol brasileiro. Ao minimizar méritos esportivos e relativizar resultados construídos dentro de campo, a dirigente adotou um discurso que soou mais defensivo do que analítico, reacendendo uma velha rivalidade que vai além das quatro linhas.


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As declarações ocorreram em meio a um momento simbólico do calendário esportivo. O Flamengo encerrou a temporada como protagonista absoluto, acumulando títulos de peso e consolidando um projeto esportivo que une investimento, organização e desempenho. Ainda assim, a reação pública de Leila evitou reconhecer o conjunto da obra rubro-negra, preferindo deslocar o debate para fatores externos e narrativas que diluem a responsabilidade esportiva.

Não é a primeira vez que isso acontece. Desde 2019, quando o Flamengo passou a frequentar o topo do futebol sul-americano com regularidade, dirigentes adversários têm alternado entre o silêncio estratégico e a tentativa de deslegitimação simbólica das conquistas. A diferença, agora, é o contexto. O clube carioca soma títulos nacionais e continentais em sequência, atravessa gestões distintas mantendo alto nível competitivo e amplia sua vantagem estrutural em relação aos rivais.

Ao longo da última década, o Flamengo construiu um modelo que começa na reorganização financeira, passa por governança e chega ao campo com elencos fortes e decisões esportivas mais consistentes. Esse processo, muitas vezes ignorado no debate público, explica por que o clube não depende de exceções ou “temporadas mágicas”. O desempenho recente é consequência direta de planejamento e continuidade.

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A fala de Leila Pereira, ao optar pela negação dos méritos do adversário, revela mais sobre o incômodo gerado por esse cenário do que sobre o Flamengo em si. Reconhecer a superioridade esportiva do rival implicaria admitir que o problema não está apenas em arbitragem, calendário ou contexto político, mas também em escolhas internas, estratégias e prioridades adotadas por cada clube.

O contraste fica ainda mais evidente quando se observa o comportamento institucional. Enquanto o Flamengo tem se posicionado em debates estruturais, como fair play financeiro, padronização de gramados e modelo de liga, parte da resistência vem justamente de quem se sente ameaçado por mudanças que exigem maior profissionalização e transparência. Nesse ambiente, a negação vira uma ferramenta retórica.

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A imprensa, por sua vez, oscila entre o reconhecimento factual dos resultados e a tentativa de equilibrar narrativas para evitar o rótulo de hegemonia. O problema é que o futebol, diferente da opinião, não admite atalhos interpretativos. Títulos contam, campanhas permanecem e a história recente é objetiva. O Flamengo venceu mais, decidiu melhor e sustentou desempenho ao longo do tempo.

No fim, o episódio expõe um traço recorrente do futebol brasileiro: a dificuldade de aceitar ciclos bem-sucedidos quando eles não pertencem ao próprio quintal. A negação, travestida de discurso político, pode aliviar momentaneamente o incômodo, mas não altera o placar. E o placar, neste momento, é amplamente favorável ao Flamengo.

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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)

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Tulio Rodrigues

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