Mais uma pra acalmar

Mais uma pra acalmar

O Flamengo não conseguiu a classificação no primeiro jogo em Belém, no Pará. E, com isso, teve de ‘convidar’ o Remo para o Rio de Janeiro – mais precisamente a Volta Redonda – para resolverem suas vidas na Copa do Brasil.

Mas não teve dificuldades! O Remo tentou se fechar e apostar nos contra-ataques. No começo, imprimiu uma tímida pressão, mas nada que fizesse o Flamengo abalar-se.

A zaga, enfim, acertando as coisas: Renato Santos e González não tiveram trabalho para segurar o Remo; as laterais funcionaram bem, não fosse a infeliz contusão de Ramon numa dividida com um jogador do Remo (foi substituído por João Paulo); os volantes parecem chegar a um acerto – Elias e Amaral vêm jogando bem e sem dificuldades; Rafinha e Gabriel são o fio condutor nas pontas para Renato, que, no meio, tem comandado as ações da linha de frente formada apenas por Hernane, que, após a bronca de Jorginho no treino, vem fazendo bem seu papel de atacante.

O time tem adquirido uma característica que eu gosto de ver em qualquer time de futebol bem arrumado: a posse de bola e a saída incisiva ao ataque.

A bola tem passado de pé em pé e sendo trabalhada com calma por todo o time, que não se esconde.

Se eu pudesse dar um conselho ao Jorginho, eu diria para não mexer na defesa e testar mais opções do meio pra frente. Ele terá um jogo contra o Resende, no próximo fim de semana pelo Carioca – que não vale mais nada – e pelo menos um mês e cinco dias até a estreia no Brasileiro, contra o Santos. Tempo ele terá de sobra, resta saber se vai fazer igual ou diferente a Joel Santana no ano passado.

O primeiro gol do Flamengo no jogo saiu do pé de Hernane. Após receber passe do meio, Rafinha entrou na área, viu Hernane chegando e tocou para o atacante empurrar para o gol. A dupla vem se entendendo desde o início da Taça Guanabara, quando o Flamengo fez uma campanha arrasadora e, infelizmente, parou no Botafogo na semifinal.

Foi-se o primeiro tempo, veio o segundo e nada mudou. Exceto o excesso de vontade dos jogadores do Remo em determinadas jogadas – desnecessário.

Veio o segundo tempo e o segundo gol. Mais uma vez Hernane. Desta vez quem apareceu na área foi Gabriel, que centrou para Hernane ao seu lado. A bola resvalou e sobrou no pé direito, que foi mortal para o goleiro do Remo. Gol para tranquilizar ainda mais o time e, principalmente, os ‘imediatistas’. Falando em ‘imediatismo’, nosso presidente Eduardo Bandeira de Mello estava ontem no Raulino de Oliveira e viu o jogo, ao lado de – possivelmente – sócios-torcedores. Só espero que não tenham perdido seu tempo cobrando o presidente por reforços.

Remo bagunçado, quase perdendo a cabeça. Flamengo arrumado e querendo fazer mais e mais.

E viria o terceiro e último gol. Saída errada de bola do Remo, que Luís Antônio roubou e bateu para o gol. O goleiro espalmou na frente de Hernane, que pegou de primeira e mandou no ângulo.

Foi nesse momento que veio – pelo menos na TV – a informação de que o Campinense venceu o Sampaio Corrêa no tempo normal, foi para os pênaltis e, por 7 a 6, venceu de novo, classificando-se.

A notícia foi a melhor que os paraibanos poderiam receber na noite de ontem. Não só para os torcedores do Campinense, mas também para gente como eu, que torce, que ama o Flamengo, e vai poder ver o Flamengo de perto. No meu caso, será a primeira vez na vida que entro num estádio para assistir ao Flamengo jogar.

Em Volta Redonda, tudo certo. Vitória por 3 a 0, para a torcida ‘imediatista’ conter um pouco a pilha de nervos e deixar diretoria e técnico trabalharem. E para o time saber que tem potencial e pode fazer melhor daqui para frente.

Que venha o Macaé, e vamos tentar fechar esse Campeonato Carioca com a dignidade rubro-negra, fechar com mais uma boa vitória e com um sorriso estampado no rosto.

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Germano Medeiros