Peço-lhes calma!

Peço-lhes calma!

Ficha técnica da partida:

Escalação do Flamengo: Paulo Victor; Léo Moura, González, Welinton, Ramon; Aírton, Luiz Antônio, Ibson, Mattheus; Adryan, Vagner Love. Esquema: 4-4-2. Técnico: Dorival Júnior/Jaime de Almeida.

Escalação da Portuguesa: Dida; Rogério, Gustavo, Valdomiro, Luís Ricardo; Ferdinando, Léo Silva, Moisés, Marcelo Cordeiro; Héverton, Ricardo Jesus. Esquema: 4-4-2. Técnico: Geninho.

Cartões amarelos: Valdomiro (Portuguesa).

Na última segunda-feira, escrevi o pós-jogo contra o Cruzeiro ainda mencionando Joel como técnico do Flamengo. Mal sabia eu que, entre segunda e terça-feira, ele seria demitido. Patrícia, prestes a viajar para Londres (o que considero uma vergonha), deixou a responsabilidade do anúncio para Zinho, pois Joel já vinha sendo “fritado” interna e externamente na Gávea.

Até quarta-feira, não sabíamos quem comandaria o time à beira do campo contra a Portuguesa. Com a saída de Joel e sem a chegada de um novo técnico, Jaime de Almeida – ex-auxiliar de Luxemburgo, mantido pela diretoria após a demissão do treinador – assumiu a tarefa de dirigir o time nos treinos e no jogo. Dorival poderia chegar à vontade até ontem, sem pressa. Os dois comandariam a equipe!

Mais uma vez, o Engenhão não lotou, mas a pequena parte da torcida presente deu um show. Apoiou, vibrou e incentivou o time.

Jaime prometeu levar os meninos da base a campo, e Dorival manteve essa ideia. Um fato raro: Renato Abreu começou no banco depois de muito tempo.

A escalação foi relativamente ofensiva. No início do primeiro tempo, o Flamengo se mostrou muito agressivo, com o time inteiro correndo bastante. Não tiro o mérito deles. Mattheus e Adryan atormentaram a defesa da Portuguesa. Não saíram gols? Azar nosso e sorte do adversário. Justiça seja feita: o Flamengo jogou muito bem no primeiro tempo.

Vagner Love, ansioso para acabar com o jejum de gols, desperdiçou duas chances claras. Em uma delas, Adryan levantou a bola na área, e ela sobrou para Love. Mas, infelizmente, quando a fase é ruim, pouco se pode fazer além de apoiar. Em outra oportunidade, Mattheus cruzou, e Love cabeceou facilmente nas mãos de Dida. O goleiro, aliás, quase não foi exigido no primeiro tempo, pois, embora o Flamengo dominasse o jogo, não levava tanto perigo ao gol.

No segundo tempo, Renato entrou em campo no lugar de Ibson, que vinha atuando bem até então. A partir desse momento, o Flamengo caiu de produção. Não sei dizer exatamente o que houve, mas a queda foi evidente. A substituição de Dorival não foi errada, mas a queda de rendimento foi clara.

Mais adiante, para preservar Adryan, Dorival o substituiu por Thomás, também da base, mas com mais experiência. Thomás entrou bem demais: no primeiro lance, driblou três adversários e só foi parado ao cortarem a jogada para escanteio. Ele se voltou para a torcida e pediu para que a massa despertasse. Pedido atendido!

Luiz Antônio arriscou de fora da área, sendo apenas a quinta finalização do Flamengo em todo o jogo. Muito pouco, mas até certo ponto compreensível.

Em seguida, para melhorar a qualidade dos passes, Bottinelli entrou em campo. O argentino até correu, mas não foi o bastante. Faz tempo que Bottinelli não atua bem.

O jogo se complicou para o Flamengo. A produção caiu, e o time tocava a bola, mantinha a posse, mas não conseguia ameaçar. É prematuro vaiar ou criticar o trabalho de Dorival tão cedo.

Calma, Nação! O treinador literalmente acabou de chegar. Deixem-no trabalhar, e se nada melhorar, aí sim cobraremos. Por enquanto, peço paciência!

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Germano Medeiros