Por que PVC silencia sobre adiantamentos de receitas do Atlético e a crise da LFU com a Série B?

Por que PVC silencia sobre adiantamentos de receitas do Atlético e a crise da LFU com a Série B?
Imagem: Reprodução/Youtube

Paulo Vinícius Coelho, o PVC, voltou a usar sua coluna para defender a Liga Futebol União (LFU), considerando a ida do Atlético-MG para o bloco antecipando receitas como movimento positivo. A fala mais recente do comentarista, publicada em sua coluna no UOL, reacendeu o debate sobre a seletividade de parte da imprensa esportiva, que relativiza problemas graves na criação de uma liga unificada enquanto amplifica críticas ao Flamengo e a quem se opõe à sua estrutura atual.


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O texto de PVC omitiu, mais uma vez, as dificuldades financeiras e o desgaste entre a LFU e equipes da Série B, que vêm demonstrando desconforto com os critérios de distribuição de receitas e com o ritmo de negociações. O jornalista também evitou qualquer crítica ao adiantamento de cotas, prática considerada ruim por especialistas em finanças.

O debate ocorre num momento delicado. O BTG Pactual, que era um dos pilares do projeto da Libra, decidiu se afastar formalmente e fechar com a LFU. A saída foi confirmada após meses de impasse interno e divergências sobre o modelo de governança, expondo a fragilidade da liga e a dependência de poucos clubes de elite.

A omissão de PVC chama atenção porque o mesmo comentarista já cobrou transparência de outras iniciativas do futebol brasileiro, inclusive em momentos de menor relevância. Agora, quando há um tema que afeta diretamente a credibilidade da LFU, o tom é de aceitação. O jornalista preferiu valorizar o discurso de “união entre os clubes” e projetar um suposto avanço administrativo, sem mencionar a crise com clubes da Série B e de problemas futuros para os clubes com o adiantamento de cotas.

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O silêncio de parte da mídia, sobretudo de quem tem influência no debate público, alimenta a percepção de que há uma blindagem editorial em torno do projeto. PVC, ao ignorar os adiantamentos e o desequilíbrio financeiro que já afeta clubes médios e pequenos, reforça a ideia de que o problema nunca foi o Flamengo, e sim o tratamento desigual entre os atores do futebol brasileiro.

A postura condescendente com a LFU contrasta com o rigor usado por PVC para analisar qualquer movimento do clube rubro-negro. No passado, quando o Flamengo antecipava cotas, logo era apontando como uma ação de “má gestão” da diretoria. Quando o Atlético-MG faz o mesmo em 2025, é “necessidade momentânea de caixa”. Essa assimetria de leitura, reproduzida em boa parte da imprensa paulista, explica por que o debate sobre a liga perdeu credibilidade junto à torcida e até entre dirigentes.

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Enquanto os problemas internos na LFU e práticas ruins na administração de alguns clubes são ignoradas, o discurso de neutralidade jornalística segue à prova. E a cada coluna publicada sem autocrítica, a distância entre a realidade e a narrativa parece aumentar.

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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)

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Tulio Rodrigues

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