André Castro e Hyuri. Com certeza, esses dois nomes, dois jogadores, entraram hoje para a história do Audax. Sem contar que a tática de marcar um gol logo no início para desestabilizar o adversário vem dando certo — muito certo — para os pequenos. O Bangu, na quarta-feira passada, teve o azar de, sob a pressão imposta pelo Flamengo, sofrer o gol da virada. Um gol sofrido, chorado, que tirou os três pontos das mãos do Bangu e os colocou nas do Flamengo.
Alex Silva sofreu com vaias durante todo o jogo. A cobrança sobre ele foi constante. No fundo, a torcida está sofrendo e ainda vai sofrer mais um pouco até assimilar que, este ano, não ganhará nada relevante. O que vier será lucro absoluto!
Jorginho chegou há pouco mais de uma semana e ainda terá que quebrar a cabeça para fazer o time jogar um futebol tranquilo e eficiente. Talvez nem consiga este ano. Talvez nem consiga durante o tempo que permanecer no cargo. Essas respostas só virão com o tempo. Tempo este que, pelo que se vê, a torcida — ou grande parte dela — não está disposta a dar.
Infelizmente, o imediatismo já tomou conta de muitos há tempos, e a tendência é a pior de todas: crescer, crescer e crescer. É difícil para o torcedor aceitar que, enquanto o time escorrega e desliza em campo, lá dentro, nas “cabines”, algo melhor está sendo feito. Ou pelo menos assim esperamos.
André Castro abriu o placar hoje, desmontando o Flamengo. Gabriel, em um chute da entrada da área — seu primeiro com a camisa do Flamengo — tentou salvar o time. Parecia que haveria tempo, mas a defesa rubro-negra virou um buraco, que se expôs ainda mais no início de um contra-ataque. A sensação de sofrimento tomou conta, e um verdadeiro “soco no estômago” veio quando Hyuri invadiu a área sozinho e finalizou no canto direito de Felipe.
Jorginho não soube o que fazer, e também já não havia mais tempo para nada. Perder para o Audax, um time pequeno do Rio de Janeiro, pode dar a sensação de que “esse time não serve para nada”. Contudo, é importante repetir mil vezes, se necessário: Jorginho não tem culpa — ainda. O time é este, e dificilmente algo mudará este ano. A pressão vinda das arquibancadas, motivada pelo imediatismo, ainda vai matar o torcedor do coração.
Na próxima quarta-feira, o Flamengo enfrentará o Remo, em Belém do Pará. E, caso saia derrotado, não será surpresa alguma.
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