Reações de torcedores e influenciadores palmeirenses após o tetracampeonato do Flamengo na Libertadores
A narrativa palmeirense vinha sendo construída desde a semana anterior. Em lives, apresentadores juravam que o favoritismo era verde. Repetiam que o time tinha “mais tradição”, que a torcida iria “engolir” qualquer rival e que o Flamengo chegaria abalado. Os mesmos canais exibiam apostas infladas, projeções de vitória e até provocações antecipadas sobre “cheirinho renovado”. Essa confiança desproporcional aparece quando se observa as falas anteriores à bola rolar, muitas delas reunidas no canal A Voz da Torcida, que compilou o antes e o depois dos comentaristas que defendiam o Palmeiras como franco favorito.
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A mudança de clima não demorou. Quando Lima recebeu os times, a diferença entre as torcidas era visível a olho nu. Imagens de arquibancada mostravam setores rubro-negros abarrotados, enquanto o espaço palmeirense tinha espaços vazios. Jornalistas peruanos registraram que o fluxo de torcedores do Flamengo era mais intenso desde a manhã da final. No segundo tempo, a própria transmissão da Conmebol mostrou o contraste: o lado verde já esvaziava antes da premiação, enquanto os flamenguistas permaneciam para celebrar o título.
O jogo só ampliou a disparidade. O Flamengo dominou grande parte da partida, acumulou escanteios sucessivos e encurralou o adversário até que Danilo subisse sozinho e completasse para o gol. A partir desse momento, o roteiro das transmissões palmeirenses mudou de tom. Comentários que antes falavam em “tradição” deram lugar a questionamentos sobre tática, escolhas de Abel Ferreira e o colapso defensivo. Alguns influenciadores se desesperaram diante da expulsão discutida, outros insistiram em tentativa de culpar arbitragem, embora o contexto não sustentasse a narrativa. Em paralelo, muitos torcedores reclamavam da saída de Alan, que vinha sendo tratado como indispensável até mesmo por analistas ligados ao clube.
As falas pós-jogo acentuaram a crise. O canal Rivalidade FC exibiu torcedores que quebraram cenários de estúdio, gritaram contradições e repetiram que “tudo sempre acontece contra nós”. O tom variava entre tragédia e deboche involuntário. Em outros programas, a crítica foi mais dura. Um influenciador comparou o elenco atual do Palmeiras ao time rebaixado de 2012 e afirmou que a equipe não demonstrou identidade durante o ano e acusou a diretoria de investir mal cerca de 700 milhões em reforços que descreveu como jogadores de pouca entrega. A reação foi um misto de exposição pública e catarse coletiva, o tipo de documento que retrata o impacto emocional causado por uma derrota em decisão continental.
LIVE COMPLETA:
Essa sequência de reações ajuda a explicar o motivo de o episódio viralizar. A soberba inicial, seguida de frustração em cadeia, criou um contraste que se espalhou pelas redes sociais como combustível para a rivalidade. A torcida do Flamengo recuperou trechos de lives, vídeos de influenciadores em desespero e declarações que envelheceram mal poucas horas depois de publicadas. Nas ruas, as imagens de comemoração se misturaram ao clima de ironia que tomou conta das plataformas digitais.
Para quem observa o fenômeno com distância jornalística, as reações palmeirenses expressam mais que simples inconformismo. Revelam uma temporada marcada por oscilação, decisões técnicas contestadas e expectativas desalinhadas com o desempenho real. No outro extremo, a festa rubro-negra seguiu ocupando avenidas, marquises e janelas iluminadas pelo centro do Rio. Enquanto Lima recebia a taça erguida, o Brasil registrava comemorações que se multiplicavam de maneira espontânea, e esse mosaico de celebração contrastou ainda mais com o silêncio amargo de quem acreditava que o título já estava garantido na véspera.
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CASO PREFIRA OUVIR:
O tetracampeonato do Flamengo, pelas circunstâncias e pelo roteiro, acabou revelando a crueza emocional das duas torcidas. De um lado, o êxtase de quem vive a glória. Do outro, o descompasso de quem projetou um final que não chegou. A rivalidade encontrou nova página, e as reações palmeirenses, registradas minuto a minuto, se tornaram parte da história dessa decisão.
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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)
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