REFORÇO! Bap ganha apoio decisivo na briga do Flamengo contra a Libra

REFORÇO! Bap ganha apoio decisivo na briga do Flamengo contra a Libra
Foto: Paula Reis/Flamengo

O Flamengo viveu, na noite de quarta-feira (8), um momento de consenso interno. Os presidentes de todos os poderes do clube: Deliberativo, Fiscal, Administração, Assembleia Geral e Conselho de Grandes Beneméritos, assinaram uma carta conjunta em apoio irrestrito ao presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap. O documento reforça a unidade institucional diante do impasse jurídico e político que opõe o Rubro-Negro à entidade responsável pela venda coletiva dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, a Libra.


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O ofício, encaminhado a Bap um dia após a reunião, reconhece o “papel histórico do Flamengo como protagonista na modernização e profissionalização do esporte nacional” e expressa confiança na condução técnica do processo. O texto, assinado por Sérgio Veiga Brito, Ricardo Lomba, Gustavo Fernandes, Emílio Habib e Paulo Gomes, destaca ainda a importância estratégica da disputa, que envolve não apenas receitas milionárias, mas também o reconhecimento da força de audiência, engajamento e popularidade do clube.

Na prática, o movimento consolida uma frente institucional em defesa da atual gestão no embate com a Libra, em razão das divergências sobre a apuração das cotas de audiência firmado entre as partes. O Flamengo questiona judicialmente o método de cálculo utilizado pela entidade e obteve uma liminar favorável, bloqueando cerca de R$ 77 milhões. O ponto central da ação é a falta de transparência nos critérios de rateio e a suposta violação de regras internas pela direção da Libra, que teria modificado editais e decisões sem a devida aprovação dos clubes.

O gesto de união, incomum na vida política rubro-negra, repercutiu entre grupos da situação e da oposição, que devem divulgar uma nota conjunta de apoio à instituição nos próximos dias. Não se trata de um endosso pessoal a Bap, mas de uma defesa do Flamengo enquanto entidade, em meio a um conflito que transcende a figura de qualquer dirigente. Essa distinção é importante: há uma percepção geral de que o clube, independentemente de quem o presida, precisa manter firme a exigência por critérios auditáveis e justos.

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O debate sobre a Libra, porém, vai além da disputa financeira. Envolve a própria credibilidade do projeto de liga nacional e a relação de forças entre os principais clubes do país. O Flamengo, que há anos lidera os índices de audiência e engajamento, contesta a concentração de poder dentro da entidade e cobra uma estrutura de governança mais equilibrada. “O clube não busca privilégios, mas justiça e equilíbrio no tratamento dado a todos”, resume o documento dos conselhos.

A carta também é uma resposta indireta à campanha de desinformação que se espalhou desde o início do processo judicial. Setores da imprensa e dirigentes de clubes rivais tentaram associar a iniciativa do Flamengo a um gesto de egoísmo, o que distorce o conteúdo da disputa. A ação, na verdade, questiona procedimentos administrativos da Libra, que, segundo o clube, aprovou pagamentos e alterações contratuais sem o aval dos participantes, contrariando seu próprio estatuto.

Nos bastidores, Bap tenta manter o discurso técnico e jurídico, evitando transformar o embate em guerra política. Desde março, quando surgiram as primeiras informações sobre o questionamento das cotas de pay-per-view, já era clara a resistência que o Flamengo enfrentaria ao exigir transparência. O tempo confirmou o prognóstico. A Libra, que nasceu com a promessa de profissionalizar o futebol brasileiro, agora é acusada de práticas infracionais de seu estatuto e da lei, o que fragiliza o discurso de modernização que sustentava sua criação.

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A carta de apoio aprovada nesta semana tem, portanto, valor político e institucional. Representa um sinal de maturidade interna em um momento de tensão externa. Ao contrário de outras crises, em que divergências internas minavam a credibilidade do Flamengo, desta vez a direção encontrou respaldo unânime dos conselhos. A convergência, ainda que rara, tem peso: O Flamengo unido é difícil de parar.

Nos próximos dias, espera-se que grupos políticos formalizem seu apoio por meio de novos comunicados. A expectativa é reforçar a imagem de coesão e reafirmar que a briga não é contra outros clubes, mas contra métodos que possam, no futuro, prejudicar qualquer um deles. O que a Libra faz hoje com o Flamengo pode fazer amanhã com outro.

A disputa jurídica segue em curso, e o contrato entre Flamengo, Libra e Globo tem vigência até 2029. Até lá, o desenrolar do caso pode redefinir o modelo de arrecadação e distribuição de receitas no futebol brasileiro. Por enquanto, o que se viu foi um Flamengo consciente do peso que carrega, e disposto a usá-lo não apenas para defender seus interesses, mas também para exigir que o jogo seja jogado com regras claras.

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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)

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Tulio Rodrigues

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