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Ruy Castro fala sobre possibilidade de nova edição do clássico O vermelho e o negro e sobre os ídolos de ontem e de hoje

Ruy Castro fala sobre possibilidade de nova edição do clássico O vermelho e o negro e sobre os ídolos de ontem e de hoje

Foto: Mariana Sá/Flamengo

A celebração dos 130 anos do Flamengo reuniu, na Gávea, nomes que carregam a história rubro-negra em diferentes dimensões: do campo à literatura. Entre eles, o escritor e jornalista Ruy Castro, autor de “O Vermelho e o Negro“, um dos livros mais emblemáticos já escritos sobre o clube, falou sobre sua relação com o clube e sobre o significado de viver uma paixão que ultrapassa o futebol.


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É quase uma dependência química”, resumiu Ruy, ao ser perguntado sobre o que sente pelo clube. “Começou me dando muito prazer durante décadas. De repente, se fico sem o Flamengo algum tempo, passo a sentir desprazer, dor…”, contou. A descrição, em tom confessional, ganhou ainda mais força quando ele relembrou episódios de viagens em que chegou a telefonar para o Brasil pedindo que colocassem o rádio encostado ao telefone, só para ouvir um jogo decisivo.

O evento, que marcou o início das comemorações pelos 130 anos do clube, foi realizado na sede da Gávea, na zona sul do Rio. A Flamengo TV aproveitou o encontro para apresentar o trailer da primeira websérie produzida integralmente pela emissora oficial do Mais Querido. A produção deve revisitar passagens marcantes da história do Rubro-Negro, com entrevistas, arquivos e recriações.

Ruy Castro se tornou um dos grandes intérpretes do sentimento rubro-negro. Em O Vermelho e o Negro, publicado originalmente em 2001 e reeditado em 2015, o autor costura a trajetória do clube, traduzindo o Flamengo em linguagem literária. Ao ser questionado se planeja uma nova edição do livro, foi categórico: “Livro não é revista. O processo não termina nunca.”.

A fala de Ruy revela o cuidado de quem entende a diferença entre o efêmero e o perene. Ele mesmo costuma dizer que só escreve biografias de pessoas que já faleceram — “com a história fechada”, como definiu. Foi assim com “O Anjo Pornográfico“, sobre Nelson Rodrigues, e com “Carmen“, dedicada a Carmen Miranda. No Flamengo, porém, a história parece sempre em aberto. “Se eu fosse atualizar o livro, o time de 2019 já teria de ser substituído pelo de 2025. Não acaba nunca.

Durante a conversa, Ruy comentou também sobre a mística da torcida Rubro-Negra, que, para ele, se distingue pela confiança quase religiosa no resultado: “A gente tem a convicção de que o Flamengo vai entrar para ganhar. É diferente de outros clubes, que já entram esperando terminar em quarto lugar”, disse, em tom bem-humorado.

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A expectativa agora se volta para o lançamento da websérie comemorativa da Flamengo TV, que promete retratar o clube em toda sua grandeza. Com Ruy Castro entre os entrevistados, a produção deve unir memória e emoção em uma narrativa que espelha o que o escritor definiu de forma tão simples quanto profunda: o Flamengo como vício, prazer e necessidade. Aos 130 anos, o clube continua inspirando literatura, cinema e, sobretudo, amor.

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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)

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