Ficha técnica da partida:
Flamengo(4-4-2): Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Léo Pereira e Filipe Luís; Willian Arão, Gerson, Everton Ribeiro e Arrascaeta; Bruno Henrique e Gabigol. Técnico: Domènec Torrent.
Atlético-MG(3-5-2): Rafael; Gabriel, Junior Alonso e Igor Rabello; Guga, Guilherme Arana, Allan, Alan Franco e Nathan; Marquinhos e Savarino. Técnico: Jorge Sampaoli.
Alterações: Saiu Gerson e entrou Vitinho, saiu Everton Ribeiro e entrou Michael e saiu Arrascaeta e entrou Pedro(Flamengo); saiu Gabriel e entrou Jair, saiu Franco e entrou Hyoran, saiu Nathan e entrou Keno, saiu Savarino e entrou Bueno, e saiu Marquinhos para a entrada de Marrone(Atlético-MG).
Cartões amarelos: Rafinha, Pedro e Bruno Henrique(Flamengo); Gabriel e Allan(Atlético-MG).
Gol: Filipe Luís(contra, aos 23, 1º tempo).
Arbitragem: Raphael Claus(SP). Auxiliares: Daniel Paulo Ziolli, Anderson José de Moares Coelho. No VAR: Thiago Duarte Peixoto.
Estádio: Maracanã – Rio de Janeiro.
Hoje nós rubro-negros dormiremos um tanto tristes, e isso é um consenso geral. Até o flamenguista mais pensativo e otimista, não está feliz – não é bom perder, muito menos para o Atlético-MG, um rival histórico do Flamengo. Mas, hoje, podemos dizer que foi um domingo atípico. Talvez muito atípico! Foi mais um jogo onde o Flamengo jogou sem a força da nação, foi o primeiro jogo oficial de Domènec Torrent à frente do rubro-negro e foi a primeira rodada do Campeonato Brasileiro, de mais 37 jogos que ainda virão, sem contar a sequência da Libertadores.
Enquanto o Atlético Mineiro ainda jogava o estadual, o Flamengo já era campeão carioca e estava apenas em treinamento desde o dia em que Jorge Jesus regressou à Portugal. Não, isso não é uma tentativa de defender nenhum dos lados(Flamengo e Domènec), é apenas uma análise contextual extra-campo acerca do que ocorreu hoje no Maracanã. E antes de começar a dissertar um pouco a respeito do jogo, uma coisa precisa/necessita ser fixada na memória de cada um de nós: rubro-negro, o Flamengo não tomou gol! Não, não tomou! O Flamengo literalmente deu um gol ao Atlético de Minas. Os deu a oportunidade que todo mundo na América do Sul está buscando desde o ano passado e só o Santos conseguiu.
Aos 23 minutos do primeiro tempo, o Atlético chega pela esquerda com Marquinhos que cruza rasteiro na área. Ao meu ver, mesmo bem posicionado, Filipe Luís “espirra o taco” e coloca a bola pra dentro. O que aconteceu hoje assemelha-se ao ocorrido do ano passado contra o Bahia, onde na Fonte Nova, o mesmo Filipe Luís tomou sufoco, quando, na ocasião ele havia acabado de chegar ao Flamengo e também Jorge Jesus começava o seu trabalho no banco de reservas rubro-negro.
Esquecendo um pouco o gol contra do Filipe, e falando do jogo em si, o Atlético teve sim seus momentos, mas nada que fosse considerado um domínio efetivo do jogo. Se aproveitou bem de algumas falhas de posicionamento do Flamengo e, na imposição, no físico, na vontade, venceu o nosso time, atuando no contra-ataque(colocando os 11 atrás quando tínhamos a bola) e fazendo prece quando o Flamengo vinha tocando a bola – a verdade tem que ser dita.
Tivemos chances claras com Bruno Henrique(essa, em especial, com Rafael batido) e ótimas oportunidades com Gabigol e Everton Ribeiro. Isso, no primeiro tempo, onde conseguimos um maior volume dentro da área defensiva dos mineiros. Eles sabem o que passaram no primeiro tempo, controlando o ímpeto do Flamengo apenas na segunda etapa, onde Torrent lançou Michael, Pedro e Vitinho ao jogo. O Dome errou ao tirar a criação do time no segundo tempo e optar pela velocidade com três atacantes? Sim, e ele sabe disso! E nós devemos ter em mente que estamos num novo processo de transição. De um velho trabalho(que sabemos onde nos levou) e um novo, que pode ser ainda melhor e mais vitorioso.
Sendo um pouco mais poético/realista e um tanto dramático falando do futebol como um todo: hoje era um daqueles dias que se tivéssemos mais meia hora de jogo, a bola dificilmente entraria. Vários fatores nos levaram à nossa primeira derrota no Campeonato Brasileiro.
Agora é paciência, saber do essencial e também do potencial do elenco numeroso que temos. Outro ponto a ser pontuado – e com perdão da redundância: já nota-se a migração do Flamengo ao “Cruyffismo” na posse da bola. Hoje percebíamos o time tocando mais rápido, girando a bola e fazendo o jogo acontecer mais rapidamente. Isso lá na frente pode ser uma coisa que irá nos trazer momentos épicos, o Flamengo poderá colocar um grande rival brasileiro literalmente na roda, pois temos peças humanas com potencial pra isso.
Mas… por enquanto, é aguardar as próximas rodadas. Minha visão? De otimismo! Hoje nós não perdemos para o Atlético Mineiro. Perdemos pelas circunstâncias onde nos encontramos e que, por uma fatalidade, nos levaram ao gol contra do Filipe Luís.
Vida que segue e vamos em frente, Dome e nação!
Foto: Coluna do Fla
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Por Germano Medeiros(@43Germano)
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