Seja no mar – O Remo Rubro-Negro

Tulio Rodrigues

Foto: Luiz Felipe Mattos Reis

Tanta especulação, tanto chega ou não chega, vai ou não vai. Como uma brasileira comum, eu dedico os poucos minutos livres do meu dia pra me inteirar e vislumbrar as combinações que poderão lograr sucesso no ano. Só que algo no meu coração me faz pedir uma pausa dos gramados e olhar para as águas,já que cada molécula das águas da praia do Flamengo é responsável por estarmos aqui hoje,  corações enrolados no mais puro preto e encarnado.

As águas foram o berço sublime onde foram embalados os sonhos de 6 jovens remadores. Expostos a benção da mãe terra, que já estremecia pela alegria de o receber, e predestinados a ter uma estrela como presente do céu que tanto e tão bem a sua trajetória testemunharia. Era o Flamengo magistral, deslizando no azul meio que como disseminando o magnetismo que levaria eu e você a ser o que somos hoje: Rubro-Negros.

Ainda no princípio, áurea de heroísmo. Desde a Pherusa náufraga com José Felix da Cunha,Napoleão de Oliveira, Nestor de Barros, Mario Espínola, Felisberto Laport, José Agostinho Pereira, Maurício Rodrigues Pereira e Joaquim Bahia, até a travessia Rio-Santos em 32, paralisando a cidade com Angelú, Boca Larga e Engole Garfo. Foi só em 1898 que o Fla conseguiu vencer sua primeira prova. E durante todo esse tempo, a sua torcida cresceu.Foi o Flamengo com seus carnavais fáceis, com sua alegria e displicência, que conseguiu de fato disseminar o amor ao esporte.

Ano passado, enquanto eu, você e outros dezenas de milhões reclamávamos do futebol, o nosso remo brilhava. Hoje muitos de nós deveríamos nos sentir um pouco negligentes, ou simplesmente bobos, por ter acompanhado superficialmente o último ano, por exemplo, quando poderíamos ter vibrado e nos entorpecido na honra que os atletas trouxeram ao exercerem soberania nas etapas do Estadual como também ao se sagrarem campeões da Regata da Escola Naval. Sinto que perdi demais por não ter me certificado dos pormenores, para só assim bater palmas a cada conquista, a cada medalha (e foram muitas) .

Antiquíssimo isso de vidrar no gramado exuberantemente verde, e esquecer um pouco do resto, mas o Remo não deveria ser encarado como apenas mais um esporte  olímpico. O remo deveria ser por todos apoiado, para que mesmo o rubro-negro que nunca banhou-se no mar pudesse dar continuidade ao que foi iniciado em 1895. Contamos hoje com grandes talentos, e não devemos nos privar disso. O Clube de Regatas Flamengo oferta a seus amantes a  possibilidade de vivê-lo plenamente, e vê-lo vencer, seja na terra….seja no mar.

Saudações Rubro-Negras,
Bruna Uchôa

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