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Tetra da Libertadores transforma cidades do Brasil em palco de festa rubro-negra

Tetra da Libertadores transforma cidades do Brasil em palco de festa rubro-negra

Quem acompanhou as ruas do Brasil, e de fora dele, na noite de 29 de novembro percebeu rapidamente que o tetracampeonato da Libertadores conquistado pelo Flamengo não ficou restrito ao estádio nem às imagens oficiais da transmissão. O que se viu, de Norte a Sul, foi um movimento espontâneo, quase ritualístico, de torcedores ocupando cidades inteiras para celebrar mais um capítulo da história rubro-negra. A conquista, selada naquele sábado, virou festa popular em diferentes regiões do país e até fora dele, revelando mais uma vez a dimensão nacional e internacional da torcida do clube.


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O que aconteceu não foi apenas comemoração isolada. Em Luzilândia, no interior do Piauí, uma multidão tomou as ruas em carreatas e motociatas, com fogos cortando o céu e bandeiras penduradas em carros e motocicletas. A cena se repetiu em Aracati, no Ceará, onde a mobilização impressionou pelo volume de gente e pela organização improvisada, mas eficiente. Em Coelho Neto, no Maranhão, o roteiro foi parecido: buzinas, camisas vermelhas e pretas e a sensação de que a cidade havia parado para acompanhar o Flamengo.

No Sudeste, a festa também ganhou contornos próprios. Em Serra, no Espírito Santo, imagens mostram moradores celebrando como se fosse réveillon. Já no Rio de Janeiro, bairros como Campo Grande, Tijuca e comunidades do Complexo do Alemão viveram um cenário que misturava fogos, música e gente nas ruas, reforçando um padrão que se repete a cada grande título: o Flamengo transforma vitórias esportivas em manifestações culturais. Do alto dos morros, era possível ver a cidade iluminada por rojões, como se o título tivesse sido dividido em milhares de pequenos pontos de luz espalhados pela capital fluminense.

O Nordeste voltou a ser protagonista em cidades menos conhecidas do grande público, mas absolutamente tomadas pela festa rubro-negra. Em São Luís do Quitunde, em Alagoas, torcedores comemoraram mesmo com limitações físicas, como mostrou um vídeo de um torcedor com a perna imobilizada participando da celebração. Em Arapiraca, também em Alagoas, a euforia foi tamanha que uma torcedora acabou caindo durante a comemoração, episódio que não tirou o tom festivo do momento. Em Manuel Vitorino, na Bahia, caminhões com caixas de som cruzaram as ruas enquanto moradores acompanhavam com celulares erguidos.

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A abrangência da festa ajuda a explicar por que o Flamengo costuma ser descrito como um fenômeno social além do futebol. Belém do Pará, Teresina, Manaus, Rio Branco, Viçosa do Ceará, Guriri, Paranaguá, Ouricuri e Campinas aparecem como pontos de um mesmo mapa emocional. Em Campinas, a embaixada rubro-negra reuniu torcedores em coro uníssono, enquanto em Ouricuri, no sertão pernambucano, a cidade foi literalmente tomada por carros, motos e caixas de som, em um retrato que desafia qualquer ideia de torcida regionalizada.

Esse tipo de celebração não surge do acaso. Ele é resultado de décadas de construção simbólica, alimentada por títulos, ídolos e, sobretudo, pela capacidade do clube de dialogar com torcedores que nunca pisaram no Maracanã, mas se sentem parte da mesma história. O tetra da Libertadores, nesse sentido, funcionou como catalisador de algo que já existia: uma identidade compartilhada que atravessa fronteiras estaduais e sociais.

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Ao final da peregrinação por tantas cidades, fica evidente que a festa não é apenas sobre ganhar. É sobre pertencimento. Cada carreata em uma cidade pequena, cada foguete estourando em um bairro distante do centro, cada bandeira improvisada reafirma que o Flamengo, quando vence, não celebra sozinho. O título vira pretexto para encontros, memórias e histórias que seguem sendo contadas muito depois do apito final.

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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)

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