Torcida do Flamengo faz festa histórica no Brasil e na Irlanda após tetra da Libertadores
A festa que tomou conta de cidades brasileiras e de outros países após o tetracampeonato do Flamengo na Libertadores revelou quem comemorou, o que motivou a celebração, quando e onde ela se espalhou e por que esse movimento espontâneo voltou a expor a força simbólica do clube. Logo depois do apito final em Lima, milhares de torcedores reunidos em capitais, interiores e até comunidades brasileiras no exterior transformaram ruas, praças e avenidas em extensões do Maracanã, e isso ajuda a entender o tamanho do momento vivido pelo clube.
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As primeiras imagens que circularam foram de Penedo, em Alagoas. A cidade ficou tomada por rubro-negros que caminharam pelas ruas históricas exibindo bandeiras e faixas como se estivessem diante de um gol no último minuto. O registro desmonta aquele discurso repetido de que torcedor fora do Rio seria “misto”, algo que sempre soou como desconhecimento ou má vontade. Nada disso se sustenta diante de uma mobilização desse tamanho, ainda mais quando surge de maneira espontânea, sem qualquer ação do clube ou organizada que estimulasse a concentração.
Logo depois vieram as cenas de Marabá, no Pará. Um vídeo gravado por um morador mostrou pessoas ao redor comemorando e descrevendo a cidade como “um mar de flamenguistas”. Ao fundo, fogos estouravam enquanto o narrador explicava que cada esquina revelava outro grupo fantasiado de vermelho e preto. A gravação ganhou milhares de compartilhamentos, talvez porque traduzisse com sinceridade o que muitas regiões do país viveram naquele sábado.
Quem assistia à transmissão também se deparou com Parauapebas, onde o trânsito parou para que uma multidão ocupasse a pista formando um trenzinho improvisado que arrastou adultos e crianças para o centro da avenida. Em Brasópolis, no interior de Minas, integrantes da torcida local enviaram vídeos celebrando o título ao lado de familiares e vizinhos. Pouco depois foi a vez da Pavuna, no Rio, que iluminou o céu com fogos tão intensos que alguns chegaram a lembrar imagens de réveillon.
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A lista continuou crescendo. Londrina, no Paraná, exibiu uma cena repetida em diversos estados: gente cantando, empunhando bandeiras e pulando sem parar, guiada pelo sentimento de que o tetracampeonato tinha um valor diferente. Em Carlos Chagas, novamente em Minas, a praça central virou ponto de encontro. Já em Luiz Eduardo Magalhães, na Bahia, a concentração aconteceu em uma avenida larga onde motoristas estacionaram seus carros para acompanhar o cortejo rubro-negro. Essa presença baiana se repetiu em Teixeira de Freitas, Caetité, Chique-Chique e Vitória da Conquista, um mosaico de cidades que reforça o quanto o clube se enraizou no Nordeste há décadas.
Até São Paulo registrou um momento simbólico quando moradores de Moema se juntaram para acompanhar o jogo, e o gol no fim provocou uma explosão de gritos que ecoou pelos prédios. Manaus mostrou algo semelhante, e Tucuruí, de novo no Pará, exibiu uma estrutura montada para uma verdadeira festa pública. Os vídeos se acumulavam e formavam um mapa da comemoração.
A surpresa maior surgiu quando começaram a rodar as imagens de Dublin, na Irlanda. A capital irlandesa se encheu de torcedores que atravessaram ruas cantando e exibindo camisas do clube, alguns deles pertencentes à FlaDublin, que parece funcionar como uma espécie de consulado informal de brasileiros apaixonados pelo Flamengo. Ali, o encontro teve cara de desfile, com bandeiras erguidas como se a Grafton Street fosse uma extensão do Rio. A cena acabou simbolizando uma narrativa que costuma ser vista apenas em Copas do Mundo: a celebração de uma identidade transportada para outro continente.
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No meio de tantas imagens, surgiram ainda registros de Capanema no Paraná, Nova Friburgo no estado do Rio e cidades do Rio Grande do Norte como Santa Cruz e Martins, lembrando que a festa ultrapassou fronteiras internas com naturalidade. Esse fenômeno não vem de agora.
Ver tanta gente espalhada pelo país e pelo exterior comemorando o mesmo título no mesmo instante cria uma percepção rara de pertencimento. No interior, em capitais, em cidades médias e no outro lado do Atlântico, o que aconteceu foi mais do que uma celebração esportiva. Foi uma demonstração coletiva de identidade, impulsionada por um triunfo que devolveu ao Flamengo um lugar que ajudou a construir ao longo da sua história na Libertadores.
A festa global da Nação: Flamengo celebra o tetra com atos históricos no Brasil e em Lisboa
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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)
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