O Flamengo inexplicável

Há algum tempo não venho acompanhando o time da maneira correta. Observo de longe, por meio de notícias, vídeos, e por isso não me sinto com total carga de opiniões para discorrer a respeito do que vem jogando o Clube de Regatas do Flamengo.

Mas hoje, após acessar um site avulso na internet e conseguir, aos trancos e barrancos, assistir partes do jogo, me deparei com um Flamengo diferente. Um Flamengo que começou perdendo com um gol de Wellington Silva e logo em seguida virou o marcador com Arão e Éverton. Este mesmo Flamengo, minutos após – porque o primeiro tempo foi de um frenesi absurdo -, tomou o empate. Logo após, a virada. Quando já não era mais o mesmo Flamengo do início do jogo, nem mesmo o dos últimos jogos.

Guerrero, no apagar das luzes, voltou a empatar a partida em 3 a 3. Porém nos pênaltis, voltamos àquele vexame. Estaríamos nós vendo novamente as cenas de Fortaleza e Palestino se repetindo? Não, isso não é o popular “choro” por ter perdido a final da Taça Guanabara. É cobrança para que o departamento de futebol veja onde vem errando há tempos e tempos.

Teria o Flamengo se poupado pra quarta-feira, estreia na Libertadores no Maracanã? Se sim, porque não ir de reservas? Se eu estiver errado, como é óbvio pela escalação de Zé Ricardo, então porque o time tirou o pé, se chegou a ter um 2 a 1 nas mãos e consequentemente o título – que hoje em dia não passa de um mero simbolismo?

Agora a pouco, em redes sociais, cheguei a levantar uma questão hipotética, mas bem possível. Porém de uma burrice imensa se vier a ser uma escolha. Supondo que o Flamengo faça uma campanha de Libertadores exemplar. Vença, jogue bem, vá à fase de mata-mata sem sustos, chegue à final como franco favorito, vença o primeiro jogo e na volta, no Maracanã, o time apronte mais uma dessa, de se poupar… Estará se poupando pra quê? Exceto o Mundial em dezembro, o que seria maior que o título da Libertadores?

Questões que irão martelar a cabeça do torcedor por muito tempo, até que o Flamengo consiga vencer uma competição sem querer priorizar outra no meio do caminho. Claro, óbvio, evidente que um jogo de Campeonato Carioca jamais terá o mesmo grau de importância que uma partida de Libertadores. Resta saber o porque isso vem acontecendo desde os tempos do Fortaleza pela Copa do Brasil há praticamente um ano.

Germano Medeiros (@43Germano)

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Tulio Rodrigues