Arrascaeta supera Cristiano Ronaldo em vendas de camisas em ranking mundial

Arrascaeta tornou-se protagonista de um feito incomum no mercado global de futebol. O levantamento mais recente da Euroaméricas Sports Marketing, divulgado nesta semana e baseado nas vendas realizadas entre janeiro e outubro de 2025, mostra quais foram os jogadores com mais camisas personalizadas vendidas no mundo. O relatório, que reúne atletas de clubes europeus e norte-americanos, aponta o uruguaio do Flamengo como o sexto colocado, superando Cristiano Ronaldo, hoje no Al-Nassr. Os números foram divulgados pela consultoria em seu monitoramento anual e ajudam a explicar por que o Flamengo se tornou uma força comercial fora dos padrões sul-americanos.

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A lista começa com Lamine Yamal, joia do Barcelona, que ocupa a primeira posição com mais de 1,3 milhão de unidades. Messi aparece em segundo, seguido por Lewandowski, Mbappé e Vinícius Júnior. E logo abaixo desse grupo está Arrascaeta, com 975 mil camisas vendidas no período. O dado chama atenção porque o meia é o único atleta fora do eixo Europa entre os dez principais.

A consultoria também destacou o impacto de cada mercado. O Real Madrid concentra três nomes entre os mais vendidos. O Barcelona aparece com dois. O Inter Miami sustenta Messi no topo pela influência norte-americana. Já o Flamengo figura como ponto fora dessa rota consolidada. Mesmo assim, ultrapassa Cristiano Ronaldo, que teve 925 mil camisas personalizadas vendidas. O contraste reforça a singularidade do fenômeno Arrascaeta, considerando que o português ainda é um nome de projeção mundial, com décadas de presença em ligas de alcance internacional.

Embora o uruguaio seja um jogador de forte identificação com a torcida desde 2019, o desempenho comercial em 2025 foge do padrão. A melhor temporada da carreira, com protagonismo no Campeonato Brasileiro e na Libertadores, se converteu em consumo direto. As lojas do Flamengo registraram aumento na procura pela camisa 10, sempre com o nome do meia estampado nas costas. O crescimento acompanha também o avanço do clube no ranking global de vendas de camisas, divulgado pela mesma consultoria. Ali, o Flamengo aparece como oitavo maior vendedor do planeta entre os clubes, outro número que ajuda a contextualizar o tamanho da mobilização em torno da marca rubro-negra.

A Euroaméricas lista individualmente os dez jogadores mais procurados. O ranking é o seguinte: Yamal (1,315 milhão), Messi (1,278 milhão), Lewandowski (1,110 milhão), Mbappé (1,020 milhão), Vinícius Júnior (992 mil), Arrascaeta (975 mil), Cristiano Ronaldo (925 mil), Bruno Fernandes (878 mil), Harry Kane (867 mil) e Rodrygo (798 mil). A presença de apenas dois sul-americanos, Arrascaeta e Vini, entre tantos nomes globais expõe o tamanho do feito. E reforça algo que o mercado já nota há algum tempo: quando o Flamengo vive bom momento esportivo, o consumo acompanha.

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A ascensão comercial do uruguaio também coloca em debate a falta de exposição internacional do futebol brasileiro. Clubes europeus aparecem exageradamente na lista porque têm transmissão garantida em mercados como Índia, China, Indonésia, Japão e Estados Unidos. No caso brasileiro, a ausência de um produto exportável prejudica a ampliação da base de torcedores fora do país. Mesmo assim, o Flamengo aparece como exceção, sustentado por uma torcida com comportamento de massa que consome produtos oficiais em grande escala, independentemente do alcance internacional.

O fato de Arrascaeta superar Cristiano Ronaldo se torna ainda mais simbólico por causa da trajetória do português, que foi líder incontestável das vendas globais por mais de uma década. O movimento confirma não apenas a idolatria que o uruguaio conquistou no Flamengo, mas também a maturidade comercial que o clube alcançou nos últimos anos, investindo em comunicação, varejo e parcerias estratégicas.

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Se a fase esportiva for mantida até o fim da temporada, há margem real para Arrascaeta ultrapassar a marca de um milhão de camisas vendidas e brigar diretamente pelo top três no ranking mundial. Para um jogador que atua fora do eixo europeu, essa possibilidade já é, por si, reveladora.

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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)

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