Bap vira o jogo: mais aliados entram na batalha contra a Libra na justiça; confira

Bap vira o jogo: mais aliados entram na batalha contra a Libra na justiça; confira
Imagem: Reprodução/Flamengo TV

Na última sexta-feira (10), 15 grupos políticos do Flamengo divulgaram uma nota conjunta em apoio à diretoria e ao presidente do Conselho Diretor, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, na disputa judicial contra a Libra. O gesto, raro na história política do clube, simboliza uma convergência de forças que normalmente se encontram em lados opostos. Situação, oposição e correntes independentes decidiram se alinhar em torno de um mesmo ponto: a defesa do Flamengo diante da controvérsia sobre a divisão de receitas dos direitos de transmissão.


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A manifestação, que rapidamente ganhou força nas redes sociais e entre associados, teve um efeito dominó. No fim de semana, outros grupos que não participaram do primeiro documento decidiram se posicionar. Um deles foi o Frente Flamengo Maior, liderado por Walter Monteiro, que na eleição anterior apoiou Maurício Gomes de Mattos. Em nota intitulada “Em defesa do Flamengo”, o movimento reforçou o apoio às iniciativas do clube para “amenizar os prejuízos impostos pela nova dinâmica de repartição das receitas comerciais de transmissão dos jogos”.

O texto também criticou as interpretações distorcidas de parte da imprensa sobre a disputa com a Libra. “Repudiamos os ataques injustificados que o Flamengo vem sendo alvo, que distorcem os fatos, desinformam o público e forçam uma narrativa descolada da realidade contratual”, diz o documento.

Outro grupo que se somou ao movimento foi o Fla Mais, ligado ao ex-candidato à presidência Rodrigo Dunshee de Abranches. A carta divulgada pela organização destaca o papel histórico do clube na construção do futebol brasileiro e a necessidade de que o peso econômico e de audiência do Flamengo seja refletido nos critérios de distribuição de receitas.

“O Flamengo não busca privilégios, busca reconhecimento”, afirma um dos trechos. “O equilíbrio não pode ignorar a realidade da audiência, principal fator de interesse comercial e motor financeiro das competições.”

Na sequência, um apoio de peso veio das bases da torcida espalhadas pelo país e pelo mundo. Na noite de segunda-feira (13), 153 embaixadas e consulados oficiais emitiram um manifesto conjunto em solidariedade à diretoria rubro-negra. A articulação foi liderada por Rodrigo Fortuna, representante da Fla-Sampa, uma das primeiras embaixadas do projeto. O movimento foi espontâneo e representou o sentimento de uma parte expressiva da Nação Rubro-Negra.

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O texto das embaixadas, com forte apelo simbólico, destacou o papel do clube como força nacional e rechaçou tentativas de “transformar a grandeza do Flamengo em culpa”.

“Não aceitaremos que tentem transformar nossa grandeza em culpa, nem ser encolhidos para caber no conforto alheio”, diz o manifesto. “Alguns tentam reduzir nossa reivindicação à arrogância, quando o que nos move é justiça baseada em fatos concretos.”

As embaixadas também lembraram que o Flamengo lidera a audiência nacional em todas as plataformas, da TV aberta ao streaming, e arrasta multidões em qualquer estádio do país, inclusive quando atua como visitante. “É o único clube brasileiro que rivaliza em engajamento com grandes marcas globais”, completam.

A nota termina com uma reafirmação de união e propósito:

“Reafirmamos nosso apoio incondicional à diretoria na condução dessa pauta, certos de que essa luta é legítima, necessária e representa toda a Nação Rubro-Negra.”

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A mobilização de correntes políticas, torcidas organizadas e embaixadas reforça a narrativa de que o Flamengo, neste momento, defende não apenas seus interesses institucionais, mas uma posição de protagonismo na estrutura do futebol brasileiro. O apoio maciço, que transcende fronteiras e diferenças internas, mostra que a disputa contra a Libra extrapolou o campo jurídico e passou a representar algo maior: uma questão de identidade e de reconhecimento da força rubro-negra dentro e fora das quatro linhas.

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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)

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Tulio Rodrigues

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