Botafogo 0 x 0 Flamengo – Campeonato Carioca 2012

Foi um domingo de pouco público no Engenhão e de ‘clássico’ no ar. Seria o momento certo para o Flamengo espantar a ‘crise’ que pairava sobre a Gávea? Certamente, sim.

O Botafogo entrou em campo primeiro, e em todos os sentidos. Dominou o jogo de ponta a ponta. O Flamengo parecia um lutador nocauteado, incapaz de trocar passes e desenvolver uma única jogada. A defesa, sonolenta como na maioria das vezes, oferecia inúmeros espaços ao Botafogo. Andrezinho, em especial, estava solto em seus avanços nos contra-ataques.

Em uma dessas subidas, quase marcou um golaço. Acionado por Maicosuel, Andrezinho pegou uma ótima bola na entrada da área e mandou no travessão de Felipe, que apenas olhou. Não havia o que fazer.

Os únicos jogadores “vivos” em campo pelo lado rubro-negro eram Bottinelli, Léo Moura e Felipe, que ainda tentavam fazer algo. Ronaldinho, nem preciso comentar. Todos vocês já sabem o papelão que ele vem fazendo há tempos.

Um dos raros momentos de lucidez do Flamengo no primeiro tempo foi quando Júnior César cruzou para Bottinelli, que chegou de surpresa e cabeceou bem para o gol. Mas esqueceram de avisar que Jéfferson estava lá, pronto para espalmar e mandar a bola para escanteio.

O lance não abalou o Botafogo, que seguiu pressionando e comandando o jogo. Em uma dessas chegadas, Antônio Carlos foi derrubado por Willians dentro da área. Pênalti não marcado. O jogador do Botafogo ainda levou amarelo por uma suposta simulação.

Logo em seguida, uma falta perigosa para o Botafogo, próxima ao gol de Felipe. Andrezinho cobrou e a bola acertou a trave. Dessa vez, porém, não foi como em 2009, quando, em uma falta no Beira-Rio, ele tirou o Flamengo da Copa do Brasil.

Fim de primeiro tempo. Jogadores de volta ao vestiário.

Aos 6 minutos do segundo tempo, o Flamengo teve um lance para acordar a torcida presente no Engenhão. Renato Abreu pegou o rebote na entrada da área e mandou um verdadeiro “canhão” na trave de Jéfferson.

O Flamengo voltou mais aceso para o segundo tempo, mas quem manteve o ritmo e aumentou a intensidade foi o Botafogo. Em um cruzamento na área, Élkeson cabeceou livre, Felipe defendeu e Loco Abreu, a centímetros do gol, mandou para fora.

O jogo ficou eletrizante a partir desse momento. Ataques de ambos os lados, um verdadeiro “lá e cá”. Quando o Botafogo avançava e perdia a bola, o Flamengo partia com tudo, e assim o ritmo se manteve.

Até que Bottinelli recebeu uma excelente bola frente a frente com Jéfferson, mas, por capricho, não abriu o placar. Chutou com a parte interna do pé, facilitando a defesa do goleiro alvinegro.

Willians, em seguida, fez falta e reclamou exageradamente da marcação. Acabou expulso pelo excesso de reclamação e saiu ironizando o árbitro com aplausos.

O Botafogo ainda teve chances claras com Loco Abreu e Fábio Ferreira. Em algumas, o travessão salvou o Flamengo; em outras, Felipe fez grandes defesas.

O placar terminou em 0 a 0.

O desenho deste time para o Campeonato Carioca está tranquilo, afinal, é quase um torneio de “várzea”. Já para a Libertadores, é preciso mudar muita coisa, começando pela quarta-feira. Espero que a chegada de Joel Santana traga uma mudança de postura. Que o time volte a jogar bem e nos dê alegrias. A Libertadores é nossa prioridade e nosso maior sonho para o ano.

SRN

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