Não foi exatamente o que a nação e o Flamengo desejavam. Mas foi, digamos, o suficiente para deixar o grupo um pouco mais tranquilo. Não vou falar do público, pois, no atual momento que vivemos e com nossas reais obrigações, ninguém precisa se esforçar tanto por um Campeonato Carioca. Como eu disse a vários amigos e pessoas próximas, este jogo nada mais era do que um teste para a continuidade da nossa caminhada na Libertadores.
O time que entrou em campo hoje era, sem dúvida, bem mudado e totalmente sem entrosamento. Tanto é que (não sei da parte de vocês, mas…) eu, em nenhum momento do jogo, xinguei o time ou fiz cobranças excessivas. Eu não sou tolo e sei que essa equipe, da forma como foi escalada hoje, não renderia muito. Tudo bem, os jovens da base estavam lá, mais uma vez dando conta do recado, mas o time estava bem diferente. Por exemplo, Joel insistiu em manter o meio de campo com três volantes e apenas um armador. Hoje foram Willians (recuperado de uma lesão), Luiz Antônio e Muralha. Exagero, Joel! E apenas Bottinelli na criação para servir Thomás e Diego Maurício.
Na frente, Diego Maurício se desdobrava para escapar da marcação persistente do Friburguense. Em uma cobrança de falta, no melhor estilo Petkovic, Bottinelli quase marcou um golaço. Seria um gol olímpico!
Depois de uma boa chegada do Friburguense, com Ziquinha mandando a bola no travessão, foi a vez do Flamengo protagonizar o lance mais polêmico da partida. Em jogada de penetração de Thomás, o atacante entrou na área, tentou o chute, se desequilibrou e o árbitro, erroneamente, marcou o pênalti. Alguns têm a teoria de que pênalti que “não é” não entra! Poderia ser aplicado à cobrança do Bottinelli, mas prefiro não me apegar a essas ficções. O certo é que ele bateu muito mal, rasteiro e no meio do gol, e o goleiro defendeu sem grandes dificuldades.
O Friburguense seguia na onda do “não temos nada a perder”. Se lançava ao ataque com vontade, mas sem sucesso.
E assim terminou o primeiro tempo.
No segundo tempo, o panorama continuou o mesmo que no final do primeiro. O Friburguense se lançava com todas as forças e se fechava contra o Flamengo. Do lado rubro-negro, Bottinelli seguia tentando armar as jogadas, enquanto Diego Maurício buscava uma penetração mais sólida na área do Friburguense.
Para tentar vencer o jogo, Joel colocou em campo o “herói” de um recente clássico e um jogador sumido, mas conhecido da nação rubro-negra: Paulo Sérgio, atacante e mais um prata da casa.
Rômulo, pelo lado do Friburguense, teve uma ótima chance de abrir o placar, mas mandou a bola muito por cima e desperdiçou a oportunidade.
Usufruindo de sua rapidez, Diego Maurício tentava se sobressair sobre os adversários. Conseguia, sim, mas quase sempre errava na hora da finalização. Quando os chutes não saíam fracos, saíam tortos e sem direção.
A Nação pediu e ele entrou. Negueba, cria juízo, Joel, entrou no lugar de Bottinelli aos 35 minutos do segundo tempo. Sua entrada não surtiu efeito, mas as de Paulo Sérgio e Kléberson, sim. Tanto é que o gol da partida saiu de uma jogada deles. Paulo Sérgio recuou até o meio, enquanto Kléberson penetrou na área. O primeiro lançou para o segundo, que, em posição legal, chutou por baixo do goleiro e abriu o placar.
No fimzinho, o Friburguense ainda teve um gol bem anulado. E o jogo, que estava chato e realmente foi chato, terminou com alívio por parte dos rubro-negros mais receosos.
Pois bem, amigos, não tenho muito o que dizer. O jogo foi monótono, e este domingo parecia que nem tinha Flamengo. Pouca gente estava realmente “afim” do jogo, inclusive eu. Se tivéssemos perdido ou empatado, para mim não mudaria nada na minha semana. Afinal, passou-se o tempo em que eu “dava a vida” pelo Campeonato Carioca. Nossa realidade agora é outra. Temos que nos acostumar a disputar Libertadores e a agir como grandes. Aliás, grandes nós somos por natureza, mas precisamos AGIR como tal.
Obrigado a todos vocês e até a próxima, se Deus permitir. Que São Judas Tadeu nos abençoe.
SRN
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