Situação da sede da Gávea e esportes olímpicos.

Tulio Rodrigues

Dando continuidade à série sobre a gestão de Patrícia Amorim, vamos falar sobre a sede da Gávea e a situação dos esportes olímpicos. Até mesmo a oposição reconhece a melhora na área social e nos esportes olímpicos; no entanto, o que mais incomoda é o fato de ambos obterem recursos do futebol.

Em dois anos de presidência, Patrícia fez grandes avanços em obras e reformas na Gávea. Os locais reformados incluem banheiros, vestiários, bares, restaurantes, praças, quadras e ginásios. Como em toda a sua gestão, as reformas geraram controvérsias. Segundo o vice-presidente de Patrimônio e Social, Luiz Cláudio Cotta, o ginásio de basquete está no padrão NBA, mas isso pode ser um exagero. Embora os pisos e as tabelas tenham padrão internacional, o ginásio continua acanhado, pois a estrutura não foi alterada. Algumas das reformas foram realizadas em parceria com a SKY e o BMG.

Os antecessores de Patrícia pouco fizeram para atender aos sócios. Em 2009, gatos, ratos e gambás eram vistos circulando pelo Clube, em alguns lugares o mato estava alto, a areia das piscinas — uma das áreas mais frequentadas — não era trocada há dez anos, e os filtros não funcionavam. A reforma custou R$ 160 mil. O pior era a quadra de futsal, que não recebia manutenção havia 22 anos.

A previsão agora é a reforma da piscina olímpica do Clube. Em estado deplorável, a piscina vaza e é rasa demais nas extremidades. Essa piscina foi duramente criticada por César Cielo, o principal atleta da natação que não treina no Clube. A piscina precisará ser reconstruída.

A melhora do Clube nos esportes olímpicos é notável. A modalidade cresceu bastante na gestão de Patrícia. Hoje, o Clube briga pelo topo na natação, ginástica olímpica e basquete. Na natação, o Flamengo é o terceiro no país, e o basquete disputa o título na NBB.

É evidente que, com o crescimento dos esportes olímpicos, o aumento dos gastos é inevitável. Em dois anos, os gastos passaram de R$ 5 milhões por ano para R$ 13 milhões por ano, com metade desse valor saindo do caixa do Clube. À frente do projeto está a ex-nadadora Cristina Callou, esposa de Luis Augusto Veloso, ex-diretor de futebol.

O Clube investe em sete esportes, além do remo, que tem gestão separada. O Flamengo buscou recursos na Lei de Incentivo para amenizar a dependência do caixa do Clube, mas como o Flamengo não possui CND (Certidão Negativa de Débito), Patrícia Amorim solicita o dinheiro por meio do Instituto Atleta Rubro-Negro, criado por ela. Segundo Cristina Callou, um de seus objetivos é tornar os esportes olímpicos autossustentáveis para que o Clube possa economizar.

Acompanhe a série “A política na Gávea”:

Os pormenores da gestão de Patrícia Amorim
A saúde financeira do Clube
A importância de sermos sócios do Flamengo
Eleições para presidente

Fonte de pesquisa: Jornal Lance!

Tulio Rodrigues

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