Flamengo pede para jogar de Rubro-Negro na final e camisa rejeitada vira mais exótica do Brasil
						O Flamengo fez um pedido formal à Conmebol para atuar com seu uniforme tradicional, rubro-negro, na final da Libertadores contra o Palmeiras, marcada para o dia 29 de novembro, em Lima. A informação foi divulgada pela repórter Mônica Alves, do Coluna do Fla, e confirma a intenção do clube de preservar sua identidade visual na decisão.
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O clube acredita que não haverá impedimentos. A solicitação tem base no novo regulamento da Conmebol, que retirou a antiga exigência de que uma equipe jogasse obrigatoriamente com uniforme claro quando o adversário usasse um escuro. Com isso, o Flamengo pretende repetir o figurino usado nas decisões de 1981, 2019 e 2022, todas finais disputadas com o Manto Rubro-Negro. A exceção foi 2021, quando atuou de branco diante do Palmeiras e acabou derrotado em Montevidéu.
Nos bastidores, a diretoria entende o gesto como simbólico. Jogar com o uniforme principal é reafirmar a história. A camisa rubro-negra carrega o peso das grandes conquistas, e há um consenso interno de que ela representa não apenas o clube, mas a própria alma do torcedor. A escolha, portanto, vai além do design, mas uma questão de identidade.
Enquanto o tema do uniforme da final movimenta os bastidores, outro episódio envolvendo as camisas do Flamengo ganhou destaque. Uma enquete promovida pelo GE e realizada no Halloween elegeu a camisa alternativa de 1995 como a mais exótica do futebol brasileiro. A votação envolveu modelos de todos os clubes da Série A e contou com quase 78 mil votos. O manto do centenário recebeu 25,78% das escolhas, superando com folga o modelo do Corinthians de 2008, que trazia o rosto de torcedores e ficou em segundo lugar com 15,87%.
A peça eleita é curiosa por diversos motivos. Criada pela Umbro em 1995, a camisa misturava as cores originais do clube: azul e dourado com o tradicional rubro-negro. A ideia era homenagear as cores da fundação, que remontam ao período do remo, quando o Flamengo ainda não tinha departamento de futebol. Foi a primeira vez que as tonalidades históricas apareceram em um uniforme da modalidade, mas o projeto enfrentou resistência interna.
Na época, a Umbro colocou o modelo à venda antes da aprovação do Conselho Deliberativo, algo obrigatório para qualquer uniforme destinado ao uso em campo. O caso gerou debate no clube. A diretoria convocou uma reunião e o Conselho decidiu rejeitar a camisa. A fornecedora teve de recolher as peças das lojas, encerrando a curta trajetória do modelo, que, mesmo sem nunca ter sido usado oficialmente, acabou se tornando item de colecionador e símbolo de uma época em que as experiências gráficas começavam a se expandir no futebol brasileiro.
Hoje, a camisa é rara e disputada por torcedores nostálgicos. É possível encontrá-la apenas em sites alternativos e coleções privadas. O curioso é que, apesar de ter sido rejeitada, ela virou um dos mantos mais emblemáticos da década de 1990, marcada por ousadia estética e influências do estilo de rua.
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A enquete reacendeu o interesse pelas camisas históricas do Flamengo e por outras peças que fugiram do padrão. Entre as oficiais, a mais lembrada é a de 2010, apelidada de “Tabajara”. Inspirada no uniforme tradicional, ela trocava o vermelho e o preto pelo azul e amarelo, além de ostentar o escudo do remo. O modelo dividiu opiniões, mas permanece entre os mais diferentes já usados pelo clube em campo.
Essas histórias revelam como o Flamengo, mesmo nas camisas, reflete sua própria trajetória: tradição e ruptura convivendo lado a lado. Do pedido para vestir o rubro-negro em uma final continental à consagração de um uniforme que nunca foi usado oficialmente, o manto segue sendo mais que um símbolo.
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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)
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