E aí, Papai? Como ficamos?

Germano Medeiros

Antes desse jogo, vi muita gente preocupada. Outros, nem tanto. Mas é certo que todos estavam com uma pulga atrás da orelha por causa do último jogo no Engenhão. Joel, mais uma vez, demonstrou ser teimoso. Minha paciência acabou! Acho que nunca, em uma Libertadores, um técnico jogou tão para trás como o Joel fez ontem. Era um jogo fora de casa, decisivo, em que o Flamengo precisava de pelo menos um empate para voltar ao Rio “sem respirar por aparelhos”.

O Flamengo até começou bem, com uma finalização perigosa de Love, que girou sobre a marcação e bateu firme de fora da área. A bola subiu, mas foi com perigo.

Mais uma vez, pagamos caro por um erro bobo. Adivinhem de quem? Ronaldinho Gaúcho. No seu estilo displicente, recebeu a bola no meio e tentou dar uma caneta em Ortemán. O jogador do Olímpia roubou-lhe a bola e iniciou um contra-ataque. Ronaldinho ainda conseguiu recuperar a bola perto da área do Flamengo, mas foi desarmado novamente, permitindo outra jogada do Olímpia. Ortemán soltou uma bomba de fora da área, que Felipe espalmou. A bola ia saindo pela lateral, mas David Braz cometeu uma falta em Caballero. A falta foi cobrada rapidamente para a área, e Luiz Antônio, que marcava Ortemán, não conseguiu acompanhá-lo. Um chute rasteiro e rápido no canto de Felipe. 1 a 0 para o Olímpia.

Após o gol, o Olímpia recuou e se fechou, esperando contra-ataques e fazendo faltas nos jogadores do Flamengo, já que, na Libertadores, nem toda falta é marcada. Fazer o quê?!

Aos 13 minutos, Ronaldinho foi violentamente agredido pelo volante Aranda, do Olímpia. Numa jogada perdida para ambos os lados, Ronaldinho tentou chutar a bola, e Aranda, claramente com intenção de machucar, foi apenas advertido com cartão amarelo.

O Flamengo teve mais posse de bola, mas não conseguiu transformar isso em gol. Muralha errava muito, talvez sentindo o peso da Libertadores, e Willians também não estava bem.

No fim do primeiro tempo, Marín ainda teve uma chance, chutando de fora da área para uma boa e difícil defesa de Felipe.

Fim do primeiro tempo.

Sorte que o Flamengo voltou para o segundo tempo determinado a tudo. Logo aos 3 minutos, Ronaldinho deu um bom passe para Love, que mandou de canhota por cima do goleiro para empatar o jogo. 1 a 1.

Mas nem deu tempo de respirar. No lance seguinte, uma bola que parecia tranquila virou pesadelo. A zaga bateu cabeça, a bola sobrou para Zeballos, que chutou desequilibrado. Felipe defendeu, mas no rebote, Zeballos mandou para o fundo do gol. 2 a 1, Olímpia.

O clima mudou de novo. O que parecia ser a tranquilidade do Flamengo virou o pesadelo do Olímpia. David Braz se machucou, e Welinton entrou em seu lugar. O Olímpia começou a crescer na partida.

Aos 16 minutos, Luiz Antônio deixou Love na cara do gol, mas ele foi derrubado na área. Para mim, pênalti, mas o árbitro não marcou. No lance seguinte, Bottinelli tentou driblar o goleiro e não conseguiu.

O Flamengo continuava com dificuldades para penetrar na área do Olímpia. Joel tirou Muralha e colocou Deivid. A mudança deu azar.

Aranda pegou a bola no meio, driblou Léo Moura com facilidade e chutou de longe. A bola foi no cantinho de Felipe. 3 a 1, Olímpia.

Mesmo após o terceiro gol, o Flamengo não se entregou. O Olímpia seguiu apostando nos contra-ataques, enquanto o Flamengo martelava em busca do empate. Aos 32 minutos, veio uma dose de esperança.

Bottinelli recebeu a bola longe do gol, limpou a marcação e mandou uma bomba. A bola foi lá em cima, caiu e não houve perdão. 3 a 2, com um golaço de Botti.

O Flamengo continuou lutando contra o relógio, em busca do empate, mas ele não veio. Mérito também do Olímpia, que soube segurar o jogo com a experiência de seus jogadores, prendendo a bola no ataque e fazendo o tempo passar.

Agora é esperar os próximos jogos contra Emelec e Lanús, respectivamente, e dar a VIDA nesses dois. Dane-se o Bangu e o Carioca. Faz tempo que quero ser o melhor das Américas e do mundo.

Que São Judas Tadeu nos abençoe, e vamos com tudo, porque a luta ainda não acabou.

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