É muito preocupante!

É muito preocupante!

Ficha técnica:

Escalação do Santos: Rafael; Bruno Peres, Bruno Rodrigo, Durval e Léo; Arouca, Adriano e Pato Rodríguez; Felipe Anderson, Neymar e André.
Esquema: 4-3-3.
Técnico: Muricy Ramalho.

Escalação do Flamengo: Felipe; Léo Moura, Welinton, Frauches e Ramon; Muralha, Ibson, Luís Antônio e Mattheus; Adryan e Vágner Love.
Esquema: 4-4-2.
Técnico: Dorival Júnior.

Estádio: Vila Belmiro (SP).
Público pagante: 8.015.
Renda: R$ 181.955.

Placar: Santos 2 x 0 Flamengo.
Gols: Victor Andrade (40’ do 2º tempo), Neymar (41’ do 2º tempo) (Santos).

Cartões amarelos: Durval, Adriano, Felipe Anderson e Victor Andrade (Santos); Léo Moura, Welinton e Luís Antônio (Flamengo).

Arbitragem: Márcio Chagas da Silva.
Auxiliares: Fabrício Vilarinho da Silva e Kléber Lúcio Gil.

Após a derrota para o Coritiba, Dorival reuniu o elenco no treino de terça-feira e conversou com todos por quase uma hora. Ele sabia que a situação não era das melhores, mas não se omitiu em nenhum momento.

Com as ausências de Marcos González e Victor Cáceres – ambos convocados para suas seleções – Dorival tinha em mente que precisava encontrar uma solução para fazer o time voltar a vencer, mesmo sem eles.

A escalação, como citada acima, foi bastante ousada. Ele decidiu iniciar com Adryan e Mattheus. O primeiro jogou como atacante – uma posição que não é a sua habitual – e o segundo como meia.

Com a zaga ainda desfalcada, Frauches foi para o campo. No meio-campo, sem Cáceres, Muralha ganhou uma chance.

E como já mencionado em outros posts, reitero: falta ambição ao Flamengo!

Desta vez, não é apenas a falta de ambição, mas também a necessidade de superar o medo que esse elenco possui. O Flamengo, há algum tempo, deixou de ser um time alegre, que jogava feliz. Tocava a bola de jogador para jogador, mantinha a posse e atacava e defendia bem. Não sofria tanto como voltou a sofrer agora. E o pior: leva gol atrás de gol com uma facilidade imensa, sem conseguir marcar a seu favor.

O jogo de ontem mostrou um time apressado, com medo de errar, o que resultou em ainda mais erros. No futebol, não se pode jogar com medo. Se for assim, até mesmo o domínio da bola, que é algo tão simples, se torna um erro grave. A perna trava e o jogador hesita.

Uma lição que aprendi nesses mais de dez anos assistindo futebol ao redor do mundo: você pode até querer jogar por vingança (ou seja, com a vontade excessiva de vencer), mas nunca por medo, obrigação ou raiva.

O Flamengo hoje pega na bola e pensa: “Ela vai ter que entrar no outro gol, seja como for, e tem que ser muito rápido.” É exatamente com esse pensamento que, por exemplo, Mattheus desperdiçou uma ótima chance, chutando com a direita – a perna que não é a “boa” dele.

Todo esse texto foi escrito como uma análise, uma explicação de como o futebol deve ser jogado: sem medo, sem raiva, sem sentimento de obrigação. Porque, como diria Muricy, em uma coletiva há mais ou menos quatro anos: “A bola pune!” E ontem, ela puniu feio o Flamengo.

Um time que deveria jogar com alegria, calma e sem afobação, perdeu novamente para si mesmo. O Santos, em momento algum, foi melhor que o Flamengo, mesmo com Neymar em campo. E, com uma sorte danada, em duas jogadas, conseguiu fazer os gols e derrotar um Flamengo que já vinha sendo atacado há algum tempo.

Enquanto a situação do Santos, agora, pode não ser tão preocupante, a do Flamengo é alarmante, muito alarmante. O panorama de luta contra o rebaixamento já existia antes dessa rodada; agora, então, é ainda mais grave. E diga-se de passagem: a culpa não é do Dorival.

Que São Judas Tadeu abençoe, empurre e dê vida a esse time, porque a vida do Maior do Mundo não está fácil.

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Germano Medeiros

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