Francisco Gularte é candidato a presidente do Conselho Fiscal pela Chapa Branca e uma das suas bandeiras é a independência para fiscalizar o Clube com um Conselho sem ligação com o atual Conselho Diretor buscando assim a isenção. Abaixo a entrevista com o candidato.
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Tulio Rodrigues – Por que você acha que deve ser eleito presidente do Conselho Fiscal para o próximo triênio?
Francisco Gularte – De acordo com a lei 13.155 os Poderes devem ser independentes. No planejamento atual do esporte e do negócio futebol, entrando em 2017, vamos ter o Pacto pelo Esporte, outra iniciativa de tentar moralizar o esporte, a base desse pacto é a transparência e o uso das boas práticas. Se você tem um grupo dominando a administração do Clube, no seu Conselho Diretor e no Conselho de Administração, como é possível colocar no Poder Fiscalizador, Conselheiros destes mesmos grupos? Ou seja, “vamos nos auto fiscalizar”? Que independência é esta? Como existem duas chapas da situação, uma “puro sangue”, formado por membros assumidamente do poder: a do SoFla, e outra, de grupos “adesistas”, ou seja grupos que têm cargos na administração e outros que “estão de boquinha aberta”, só existe uma única chapa que pode garantir uma fiscalização independente: a Chapa Branca. Em nome desta independência, em nome do equilíbrio político da instituição, em nome da garantia de cumprimento ao Estatuto do Clube, que também fala da independência dos poderes, votar na Chapa Branca e eleger Francisco Gularte Presidente do Conselho Fiscal.
Tulio Rodrigues – Vocês em seus comunicados aos Conselheiros, falam bastante em independência do Conselho Fiscal. Hoje não há independência no Conselho Fiscal?
Francisco Gularte – Eu acho que não, outros associados também acham isso. Por isso aceitei essa missão e me comprometo com todos associados a fazer um Conselho Fiscal pró ativo, de ampla participação, sempre respeitando os limites impostos pelo Estatuto do Clube e, principalmente, fazer um Conselho Fiscal técnico. Procurando dar ciência e esclarecer os Conselheiros sobre todos os assuntos que lhes interessa. Os Conselheiros do FLAMENGO são os verdadeiros donos e, para tanto, devem ser devidamente esclarecidos e atendidos em suas demandas. Eu, posso afirmar que, não fui atendido em qualquer requerimento protocolado no atual Conselho Fiscal que, por coincidência, tem seus membros espalhados em duas das chapas de situação.
Tulio Rodrigues – Caso eleito, como o Conselho Fiscal vai contribuir nos próximo triênio para a gestão do Flamengo?
Francisco Gularte – Primeiro porque, os Conselheiros que formam a Chapa Branca foram escolhidos fora dos grupos que estão no poder e, principalmente, dos que estão pendurados no saco do poder. São Conselheiros de diversas correntes e, portanto, independentes. A contribuição para o FLAMENGO vai desta peculiar situação: se existe independência, está garantida a fiscalização e a transparência, que todos pregam mas poucos enxergam. A maior contribuição do Conselho Fiscal, formado por uma maioria de Conselheiros da Chapa Branca, será a proposição de diversos projetos de interesse dos associados, projetos já discutidos com quem entende e frequenta a Gávea, entre esses projetos estão já em pauta: o tênis, as escolinhas, o museu e, os imóveis do Clube como a casa de São Conrado.
Tulio Rodrigues – Qual avaliação você faz da atuação técnica do atual Conselho Fiscal
Francisco Gularte – Eu não vou discutir a competência dos Conselheiros que formam o corpo do Conselho Fiscal atual, seria deselegante e eu soaria cabotino. Como não vou opinar sobre qualquer dos Conselheiros que formam as duas Chapas, até porque, conforme o Estatuto e o Regimento Interno para o COFI exigem um perfil mínimo para o Conselheiro constar na Chapa que concorre ao pleito, existe uma Comissão Eleitoral que faz essa análise, eu acho que, em registrando as Chapas, todos têm a devida competência para exercer o papel que precisa ser desempenhado na função. O ponto que permanece é: mas existe independência desses Conselheiros pra exercer a função? Acho que é este, o ponto central da questão para o eleitor que quer que o FLAMENGO seja devidamente fiscalizado. E, que não se venha dizer que se for eleito um Conselho, formado por Conselheiros independentes, o Clube será engessado e ficará imobilizado. Porque, se este discurso for verdadeiro, então desde 2013 que o FLAMENGO não é devidamente fiscalizado. E, pior, um Clube que movimenta quase meio bilhão de reais por ano só anda se não for fiscalizado corretamente.
Tulio Rodrigues – Também em um comunicado, sua chapa afirma que a candidatura de Sebastião Pedrazzi é uma manobra da situação para conquistar todas as vagas do Conselho Fiscal. O que levou vocês a essa afirmação?
Francisco Gularte – A análise dos membros da Chapa Lilás fala por si só. O fato de ficarem duas cadeiras para a Chapa que ficar em segundo lugar e, o Conselho Diretor formar duas chapas fala por si só. Não é uma afirmação mas, uma constatação! Todos os atuais membros do Conselho Fiscal estão nas duas Chapas ligadas ao Conselho Diretor.
Tulio Rodrigues – Qual a sua avaliação das chapas concorrentes, a Chapa Azul de Mário Esteves e a Chapa Lilás de Sebastião Pedrazzi?
Francisco Gularte – A Chapa “SoFla puro” é composta por membros ligados diretamente ao Conselho Diretor, todos tem um excelente CV mas independência ZERO. A outra Chapa, também ligada ao Conselho Diretor, só que através do VP Geral do Clube, é formada por membros do atual COFI, todos do mesmo grupo que ocupa inclusive algumas vice presidências e, por alpinistas do poder, que se comportam ora lá ora cá, dependendo da direção que o poder lhes aponta. Para destacar, apenas que o Pedrazi tinha sido convidado para compor a Chapa Branca e, este declinou alegando que não poderia se dedicar ao FLAMENGO, face ao cenário econômico atual. Como ele aceitou fazer parte da outra Chapa ligada ao poder, quero acreditar que o cenário econômico deve mudar agora em abril, o que é uma boa notícia.
Tulio Rodrigues – Uma das atribuições para ser candidato ao Conselho Fiscal é o conhecimento de finanças e contabilidade, logo podemos dizer que as demais chapas cumprem esses requisitos. Em caso de vitória de vocês, há a intenção ou possibilidade de trazer esses Conselheiros para contribuir com sua a gestão?
Francisco Gularte – Eu tentei formar uma Chapa que abrigasse todas as correntes do Clube, de tal forma que poderíamos ter um Conselho Fiscal amplo. Faço restrição apenas aos que se penduram no saco do poder, os que trocam de lado sem coerência, esses não podem estar num poder fiscalizador porque não são independentes e, ainda pior, são enganadores. Agora, ratifico que, dentro dos limites impostos pelo Estatuto do Clube, o Conselho Fiscal, formado pelos Conselheiros da Chapa Branca, será um Conselho RUBRO NEGRO e, portanto, de todos. O norte da Chapa Branca está apontado para a independência, para a fiscalização e, para a transparência, de forma a poder responder aos Conselheiros do Clube. Não está no radar da Chapa Branca a politicagem e, principalmente, qualquer revanchismo. A Chapa Branca que tem Francisco Gularte como Presidente, vai fazer um Conselho Fiscal técnico e para todos.
Tulio Rodrigues – Em caso de derrota, você e sua chapa se colocarão a disposição para ajudar a Chapa vencedora?
Francisco Gularte – Todos os Conselheiros, que formam a Chapa Branca já colaboram com o FLAMENGO, desde que se conhecem por gente. São acima de tudo Rubro Negros e, lutam há anos, para fazer um FLAMENGO melhor.
Tulio Rodrigues – Gularte, sou Conselheiro do Clube e gostaria de saber os motivos que eu e os outros Conselheiros deveriam votar na sua chapa?
Francisco Gularte – Por que não podemos deixar o Conde Drácula e o Barão da Transilvânia, fiscalizarem o Banco de Sangue. Sem independência entre os poderes o FLAMENGO descumprir a Lei, perde o ProFut e, os Conselheiros estarão, permanentemente em dúvida, das melhorias fiscais e financeiras que lhes são contadas nas reuniões do Deliberativo. Sem contar que o Conselheiros passarão a entender os pareceres do Conselho Fiscal.
Tulio Rodrigues – Deixei um recado para a Nação Rubro-Negra e para os Sócios do Clube
Francisco Gularte – A legislação manda isso, o bom senso sugere, poderes dependentes criam obrigações circulares. O Brasil está assistindo o resultado da ação entre amigos, na administração da outrora maior empresa do país, do que a dependência entre quem manda é quem deve fiscalizar produz. Assim deve fazer o FLAMENGO: eleger um Conselho Fiscal que, por possuir independência pode fiscalizar mais e garantir mais transparência. Votar contra isso é ir contra o que manda a lei é contra o bom senso. A fiscalização independente é a garantia da aplicação das boas práticas, não adianta um perfil bonito, diplomas no exterior e, outras qualidades acadêmicas se o caboclo não tem independência para exercer a sua função! Espero que o Conselheiro do FLAMENGO entenda isso. Espero que, mesmo aqueles que são simpáticos ao grupo que hoje administra o FLAMENGO, entendam que não existe “cheque em branco” para qualquer gestão, formado por quem quer que seja. A única garantia de que tudo está correto é colocar gente independente para fiscalizar! SRN e conto com o seu voto, Conselheiro que pensa como eu.
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